Pelo 2º dia consecutivo, o Centro de Florianópolis está ocupado pela GMF (Guarda Municipal de Florianópolis), Polícia Militar e fiscais da Sesp (Secretária Especial de Serviços Públicos). O resultado são calçadões livres e sem a presença dos ambulantes ilegais. O diferencial na Operação Floripa Legal é de que os suspeitos estão sendo abordados e revistados, mesmo sem expor os produtos, pelos agentes da GMF. Foi o que aconteceu com dois homens na rua Deodoro, na manhã de terça-feira (10), que portavam sacos de carvão e coolers com queijo coalho. A mercadoria foi apreendida pelos fiscais da Sesp.
O presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Lidomar Bison, comemora a retomada do espaço público e a habilidade dos gestores em reunir várias vertentes do poderes constituídos. “O compromisso da atual administração de Florianópolis é de que o Centro continuará ocupado, porque há o comprometimento com a legalidade. Os ambulantes ilegais reduzem o emprego formal vendendo produtos sem procedência e ocupam as vias mais movimentadas da cidade. Como os vendedores irregulares agem pela oportunidade, aguardamos a ampliação para os balneários. Até então, eles recolhiam as mercadorias e achavam que estavam acima da lei, mas agora a fiscalização mudou a maneira de atuar”, destaca.
Durante o primeiro dia de fiscalização efetiva no Centro da Capital foram apreendidos cerca de 1.500 mil itens. Segundo o presidente do Cecop (Conselho Estadual de Combate à Pirataria), Jair Antonio Schmitt, os produtos apreendidos foram óculos, relógios, roupas, bijuterias, aparelho de som e de limpeza automotiva. Os ambulantes ilegais têm de 15 dias de prazo para entrar com o processo de retirada dos produtos e quitar uma multa de quase R$ 800, segundo o fiscal Aloísio Chierighini.
“Nosso objetivo não foi confrontar os ilegais para não gerar mais confusão para a população. As poucas apreensões são resultado dos desavisados ou dos abusados, que insistiram em vender nas ruas próximas ao Centro Histórico. Na segunda-feira percebemos muitos olheiros, mas hoje eles estão mais discretos”, afirma Jair.
Fornecedores e centros de distribuição são os alvos
O secretário de Segurança e Defesa do Cidadão, Tiago Silva, mantém uma equipe em serviço de inteligência para encontrar os grandes fornecedores, que devem ter galpões para estocar essas mercadorias. A investigação leva em conta a possibilidade de que os centros de distribuição dessas mercadorias sem procedências estejam espalhados pelas cidades da região metropolitana de Florianópolis.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Florianópolis, 10/11/2017.
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