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Consórcio Fênix ameaça suspender 17 mil cartões sociais em Florianópolis

O Consórcio Fênix vai suspender cerca de 17 mil cartões sociais ativos (vale transporte e estudante social) se a prefeitura de Florianópolis não pagar, até 22 de agosto, o subsídio no transporte coletivo.

— O município não paga há três meses. Não podemos continuar — afirmou o coordenador técnico do Fênix, Rodolfo Guidi, em entrevista ao Notícia na Manhã, da rádio CBN/DIário, desta quinta-feira.

A dívida, segundo ele, é de quase R$ 10 milhões. A prefeitura contesta e admite dever cerca de R$ 6 milhões. O Fênix entrou na Justiça com uma ação de cobrança.

— É um complemento que por força de contrato prevê que os repasses sejam feitos quinzenalmente. Esse complemento vem aumentando e o não cumprimento tem um impacto direto na saúde do sistema, que hoje representa cerca de 18% da receita. Um acúmulo de três meses, que já ultrapassa R$ 10 milhões, compromete severamente a capacidade de pagamento das empresas dos itens mais básicos, como a folha de pagamento, e também o diesel. Paralelo a isso, tem todos os elementos contratuais que o consórcio vem cumprindo. Caso não ocorra o repasse da prefeitura vamos ter que suspender todas as gratuidades — disse Guidi em entrevista a Mário Motta.

Ele ainda ressaltou que essa suspensão está prevista em contrato e que foi protocolado um ofício nesta semana na prefeitura com todo o saldo devedor e as dificuldades financeiras do consórcio.

Os cartões sociais atendem a famílias com renda de até três salários mínimos. Estudantes carentes também têm isenção total. Guidi afirmou que a demanda tem aumentado, chegando a cerca de 450 mil viagens por mês.

O prefeito Cesar Souza Junior afirmou, em entrevista à CBN/ Diário também nesta quinta-feira, que uma liminar foi negada em primeira instância, e acredita que o consórcio não terá êxito na Justiça. Quanto ao pagamento, disse que a prefeitura não trata de forma diferenciada nenhum de seus fornecedores, sejam grandes ou pequenos.

O secretário da Fazenda, André Bazzo, reagiu com veemência à ação de cobrança:

— São as mesmas empresas que operam há 30 anos e sempre reclamam. Se está ruim, porque não largam? — disse em entrevista ao colunista Rafael Martini, no Diário Catarinense. Ele ainda afirmou que “a maior parte das empresas instaladas em Florianópolis paga 2,5% de ISS ao município. As do transporte coletivo pagam 0,01%.”

(Diário Catarinense, 11/08/2016)

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