Sem dinheiro para bancar os serviços de manutenção e investimentos em melhorias estruturais, a Fatma (Fundação Estadual do Meio Ambiente) já admite privatizar a gestão de sete parques e três reservas florestais do Estado, ainda não delimitados oficialmente. A proposta ainda incipiente, segundo o presidente Alexandre Waltrick Rates, está na fase de estudos técnicos e jurídicos da situação específica de cada uma das dez unidades de conservação.
Para o presidente da Fatma, é ultrapassado o modelo atual de administração das unidades de conservação ambiental. Waltrick admite que a reação contrária será forte, mas defende o repasse da gestão a Osips (Organizações Sociais de Interesse Público) para exploração econômica das áreas legalmente protegidas pelo Estado. Atividades desportivas, camping e turismo ecológico estão entre as atividades possíveis de licenciamento comercial.
“É assim no mundo todo. A sociedade precisa entender que parques para visitação pública não podem ser gratuitos. O Estado não pode continuar bancando mais estes custos”, disse.
Atualmente, a Fatma administra dez unidades de conservação estaduais – sete parques, mais flexíveis quanto ao uso e acesso público normatizado; e três na categoria reserva, nas quais o manejo ambiental é mais restrito, e o acesso só permitido a pesquisadores.
No Parque Estadual do Rio Vermelho, única unidade de conservação estadual em Florianópolis, a terceirização parece ser solução para reabertura do camping, fechado desde 31 de maio com o fim do contrato com o Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura em Grupo). Desde então, estão suspensos também os projetos de educação ambiental em parceria com as comunidades do Rio Vermelho e da Barra da Lagoa, para desenvolvimento de viveiro de mudas e hortas coletivas.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 11/06/2016.
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