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Conclusão das obras na Casa de Câmara e Cadeia não tem data definida

A restauração do prédio da Casa de Câmara e Cadeia da antiga Vila de Nossa Senhora Desterro, atual Florianópolis, inicialmente previsto para 4 de março de 2016, ainda não tem data para conclusão. “É bem provável que este prazo seja um pouco dilatado”, reconheceu o arquiteto do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), doutor Rui Luíz Sfanzani Rodrigues Lapa, que preferiu não estabelecer um prazo para a conclusão da restauração.

A parte superior do edifício monumental, situado na praça XV de Novembro, no centro da cidade, está praticamente concluída, mas no térreo ainda falta o piso e outras obras de pequeno porte. Segundo informou Rui, também falta construir um anexo nos fundos do sobrado, para abrigar a central de ar-condicionado e banheiros, atualmente inexistentes na edificação.

Durante a restauração foram encontrados objetos de interesse arqueológico, que comprometeram o cronograma da restauração. “A obra parou para os arqueólogos trabalharem”, revelou o arquiteto. Além disso, constatou-se que as paredes receberam várias pinturas ao longo de quase 250 anos de existência da edificação. “Ainda não definimos o local onde deixaremos visíveis os vestígios dessas pinturas”, afirmou doutor Rui Lapa.

Futuro museu da cidade

O sobrado que começou a ser construído em 1771, concluído em 1780 e reformado entre 1902 e 1905, será a sede do futuro museu do município de Florianópolis. “O Sesc ganhou a licitação e prepara um projeto de museu”, explicou Rui Lapa, que acrescentou que as obras de iluminação interna e a o mobiliário são de responsabilidade do Sesc.

Restauração cuidadosa

Rui Lapa explicou à reportagem da Agência AL que nas obras de restauração quase não houve substituição de peças, exceto parte do forro. No caso do assoalho ou do pilar que sustenta a escada interna, as partes danificadas foram retificadas com o uso de enxertos. O carpinteiro Pedro Lindomar Rodrigues, joaquinense radicado em Florianópolis há 30 anos, contou que no pilar da escada foram feitos mais de dez enxertos. “Utilizamos a mesma madeira”, contou o carpinteiro.

(Agência ALESC, 01/04/2016)

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