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Sul de Florianópolis também sofre por falta de saneamento básico

Depois da denúncia da poluição nas praias do Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, moradores do Sul da Ilha também se preocupam com o futuro, já que não existe rede de coleta e estação de tratamento de esgoto para a região (veja vídeo). Segundo a Casan, não há previsão de instalação, pois um modelo certo ainda não foi encontrado.

“A própria legislação ambiental dificulta e atrasa as ações. Então, a realidade de hoje é que o Sul da Ilha está sem saneamento”, admite o gerente de construções da Casan, Fábio Krieguer. Na região, nem todos os imóveis e estabelecimentos têm fossa séptica. Com isso, há esgoto a céu aberto em ruas e pontos impróprios para banho na praia.

Em um dos pontos do Campeche, conhecido como dunas do sabão, no canto Sul da praia, moradores questionam uma saída que deveria ser de água pluvial, da chuva, na areia. Entretanto, a água é escura e com cheiro forte de esgoto. A RBS TV também flagrou uma saída na praia, em frente a restaurantes, que, segundo moradores, não existia há poucas semanas.

Medidas são urgentes, diz engenheiro

Segundo o engenheiro sanitário Afonso Veigas, caso não sejam tomadas medidas urgentes para saneamento na região, em pouco tempo o Sul da Ilha passará por problemas ainda mais graves do que o Norte. “O sistema de água e esgoto é pago, e bem pago. Esses serviços não são gratuitos, a população tem direito a um trabalho de boa qualidade”.

O primeiro projeto de esgoto da capital completará 100 anos em 2018. A rede de coleta no Norte da Ilha começou a ser feita há 20 anos. Segundo a prefeitura, o Campeche possui 40 quilômetros de rede de esgoto instalada em 3 mil imóveis, com caixas de inspeção. Entretanto, não há rede de tratamento, por isso nada está em funcionamento.

A Vigilância Sanitária faz análise dos projetos hidrossanitários e aprovação deles para residências, com fossa séptica. Apenas depois desse julgamento favorável é liberado o habite-se sanitário. Esgotos a céu aberto podem ser denunciados pelo telefone 156 ou 3251-4951.

(G1 Santa Catarina, 14/01/2016)

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