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Relatório da Fatma aponta pontos próprios para banho nas praias do Meio e da Saudade

A divulgação do último relatório semanal de balneabilidade da Fatma (Fundação Estadual do Meio Ambiente) em Florianópolis surpreendeu os moradores de Coqueiros, na região continental. Quem acompanha os dados pelo site da Fatma percebeu dois pontos historicamente considerados impróprios para o banho de mar, nas praias da Saudade e do Meio, ganharem a análise positiva das condições da água. O fato foi comemorado nas redes sociais e fez muito manezinho se perguntar: o agito das décadas de 1960 e 70, quando as praias do bairro eram as mais lotadas da Capital, pode voltar?

A resposta da Fatma é um banho de água fria. “Não”, diz o responsável técnico pelas pesquisas e análises da fundação, Marlon da Silva. Segundo ele, a próxima análise, que deve sair ainda hoje no site, pode voltar a indicar impropriedade. “A coleta da água do último relatório foi num período [8 de dezembro] de ausência de chuva, o que pode ter influenciado no resultado”, explica Marlon ao acrescentar os critérios para que a propriedade da água para banho vire uma tendência: “Se o histórico de balneabilidade dos últimos cinco anos indicar a tendência sistemática à propriedade, a praia pode ser considerada limpa. É o que acontece na Joaquina, por exemplo”.

Mas este não é o caso das praias da Saudade e do Meio. Desde 1996, quando os relatórios da Fatma passaram a ser digitais e facilitaram os registros on-line, as análises indicam os locais, predominantemente, como impróprios para banho. Porém, em períodos específicos, os relatórios chegaram a apontar propriedade.

No ano passado, por exemplo, no mesmo período do coletado na última semana, os dois pontos também foram divulgados como próprios. A praia do Meio – em frente ao Zé Mané – chegou a ser considerada limpa no início de janeiro, fevereiro, março e dezembro. Já a da Saudade – em frente ao Trintão – ganhou o selo de própria no começo de janeiro, março, junho, agosto e dezembro.

“São muitas variáveis que tornam as águas próprias ou impróprias. Quando há pouca chuva, a tendência é de maior limpeza da água. Já a contaminação é fruto da deficiência da rede de esgoto ou da clandestinidade, que deve ser fiscalizada. Em média, no Estado, 30% dos imóveis ainda não estão ligados na rede de tratamento ou possuem fossa errada, o que é um problema”, afirma Marlon, que não indica o banho de mar nas duas praias de Coqueiros: “Não se recomenda pelo histórico desses pontos, que têm tendência sistemática à impropriedade, o que pode oferece riscos à saúde”.

Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 17/12/2015

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