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O que impede a aviação regional de Santa Catarina de decolar

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Apontado como prioritário por empresários e entidades civis organizadas, o investimento em aeroportos regionais de Santa Catarina anda a passos lentos. Com um processo demorado de regularização junto ao governo federal, somado ao alto custo que as estruturas demandam, a melhoria no transporte de passageiro no Estado tem prazos extensos. O uso para voos comerciais também esbarra na decisão das empresas de atuarem ou não em determinadas unidades e ainda depende do fluxo de passageiros e das condições estruturais.

O Estado hoje tem 23 aeroportos, sendo que sete deles recebem voos comerciais e seis são considerados pelo governo catarinense como regionais. Estes ficam nas cidades de Chapecó, Jaguaruna, Caçador, Correia Pinto (ainda não inaugurado), Navegantes e Joinville. Além desses seis, há o Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, que não é regional por estar na Capital.

As estruturas de Chapecó, Navegantes e Joinville movimentam juntas 1,7 milhão de passageiros, 3,6 mil toneladas de carga por ano e atendem 218 cidades do Estado. O Aeroporto de Jaguaruna, no Sul, tem um voo diário, assim como ocorre na estrutura de Forquilhinha também no Sul, que não é considerado regional pelo governo estadual, mas é importante para a economia local.

No final deste mês, entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro, uma equipe da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SNAC) virá a SC para se reunir com técnicos do Secretaria de Infraestrutura e prefeitos, além de visitar as regiões de Lages, Joaçaba e Chapecó. A intenção do encontro é definir prioridades de investimento nos aeroportos catarinenses. A ação do governo federal faz parte do Programa de Investimento em Logística (PIL), com foco na movimentação da economia. Neste pacote, há projeção de aplicar R$ 7 bilhões nos aeroportos do país.

Em Santa Catarina, 13 estruturas estão contempladas, mas nem todas são regionais e nem todas são tratadas como prioridade pelo governo do Estado.

Diretor de transportes da Secretaria de Estado da Infraestrutura, José Carlos Müller Filho espera que a visita da comitiva do governo federal possa apontar aonde cada uma das obras projetadas vai chegar. Ele afirma que a prioridade de aplicação de recursos é dos aeroportos regionais, que atendem uma parcela maior de municípios.

– O voo regional precisa sobreviver e tem que ter demanda. Se não tiver pessoas em volta, é difícil fazer resistir. Em Chapecó isso ocorre. Em Jaguaruna os voos estão lotados e o mercado é que vai identificar se temos demanda para um segundo avião – descreveu o diretor.

Müller Filho diz que a burocracia é motivo da demora nas obras e liberação dos aeroportos.

(Diário Catarinense, 20/11/2015)


Empresa de São Paulo fará estudos para concessão do aeroporto

(Por Mônica Jorge, DC, 20/11/2015)

Os Estudos que vão servir de modelo para a concessão do Aeroporto Hercílio Luz serão feitos  por consórcio liderado pelo escritório Moysés &Pires Sociedade de Advogados, de São Paulo.

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