“É preciso a conscientização de todos de que a era do turismo chegou”. A frase do presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), Vinícius Lummertz, evidencia uma realidade cada vez mais presente em Santa Catarina: o turismo é uma das forças que movem o Estado. Mas ainda é preciso investir mais no segmento, tanto aqui quanto no resto do país para atrair o turista internacional.
Para discutir as peculiaridades que tornam Santa Catarina um Estado diferenciado, a RICTV Record promoveu nesta quinta-feira (26), em Florianópolis, com a presença do Ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, a primeira edição do Ciclo de Fóruns “Como Santa Catarina é diferente em relação ao Brasil?”.
Ao longo do próximo ano, com apoio da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) e do Grupo RIC, outros oito fóruns devem ser realizados com a presença de ministros para tocar em assuntos em que SC se destaca.
Para Lummertz, turismo e gastronomia andam juntos e a inovação que Santa Catarina tem feito nos últimos anos neste ramo tem levado o Estado a se destacar.
“As pessoas viajam para comer, não para se alimentar, mas pela experiência olfativa, gustativa e cultural que a gastronomia representa como ícone. Houve uma revolução da gastronomia em Florianópolis e está havendo em Balneário Camboriú. Isso sofistica o destino e melhora a capacidade de turismo de receber uma clientela mais sofisticada e que gasta mais”, comenta ele.
Nos próximos meses, outros temas relevantes para Santa Catarina devem ser discutidos com ministros no Estado, como a agricultura e a previdência, por exemplo. Segundo Marcelo Corrêa Petrelli, presidente executivo do Grupo RIC, este é o propósito do Grupo: formar opinião, informar e trazer pautas positivas.
“A gente sabe que precisa falar de crise, dificuldade, questão econômica. E a ideia é trazer grandes autoridades para falar que nós somos diferenciais e referenciais”, diz Petrelli.
Turismo é a “maior indústria do planeta”
A expectativa para este verão é de um incremento de 30% a mais de turistas em Santa Catarina. A alta do dólar deve afastar os latino-americanos de destinos como Estados Unidos e Caribe. Com isso em mente, a Embratur tem feito um esforço nos últimos meses para divulgar o Brasil e Santa Catarina ao países do Mercosul. Com um investimento de R$ 10 milhões em campanhas publicitárias, o Brasil tem sido “vendido” turisticamente para países como Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia e Peru.
Segundo Lummertz, Santa Catarina aproveitou bem este movimento participando de feiras e expondo o que o Estado tem de melhor. “Isso atrai e consolida. Atrai quem não viria para cá e consolida quem estava pensando em vir e acaba decidindo passar o verão aqui. Santa Catarina fica no azul durante essa crise e o turismo ajuda a tirar a palavra “crise” do Estado”, ressalta ele.
Para Lummertz o turismo é “a maior indústria do planeta” e o Brasil e Santa Catarina precisam saber aproveitar isso. Segundo ele, os Estados Unidos está buscando receber 100 milhões de turistas internacionais, enquanto que nós temos 6,4 milhões. “Temos que buscar, 10, 15, 20 milhões. Santa Catarina, como todos os países, não pode abrir mão do turismo”, diz ele. Para isso, é preciso desenvolver potenciais que estão estagnados, como o setor náutico, de cruzeiros, os parques naturais e a infraestrutura de aeroportos.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 26/11/2015
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