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Vale do Silício em SC

(Por Henrique Tormena*, DC, 03/09/2015)

Há um ano, no CEO Summit 2014, evento da Endeavor e da Ernst & Young, empreendedores e investidores discutiam o cenário empreendedor brasileiro e os desafios para fazer um melhor ambiente de negócios no país. O painel, de nome provocativo – O Vale do Silício (não) é aqui: escalando negócios digitais no Brasil –, passou por pontos como talentos, legislação e inovação. Pouco tempo depois, no Índice de Cidades Empreendedoras (ICE), realizado pela Endeavor, Florianópolis apareceu como a melhor capital do país para empreender. Eis que surge a provocação: se existir um Vale do Silício brasileiro, ele pode ser aqui?

SC tem alguns grandes exemplos: de indústrias de máquinas como a WEG e a Embraco, passando por grandes têxteis, como Malwee, Hering e Dudalina, até cases de tecnologia limpa como a Datasul. A importância dessas empresas na economia vai além da geração de empregos. Elas fomentam o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva. É o caso da Welle, empresa fabricante de máquinas de marcação e gravação a laser, que se tornou a PME que mais cresceu no país em 2014 e que vem permitindo redução de custos e aumento da produtividade para a indústria, segundo o ranking da revista Exame.

Além disso, o ambiente educacional, aliado à proximidade com as empresas, parques tecnológicos e incubadoras, torna fértil o terreno para colher inovação: 8,07% das empresas se relacionam com instituições de ensino superior e existe para cada 28 empresas um pesquisador, o dobro da média geral das capitais brasileiras, segundo o ICE.

Por isso, não é incomum quando vemos notícias de empresas do Estado sendo investidas ou quando enxergamos empreendedores crescendo enquanto a economia vai mal. O ambiente favorece quem busca criar negócios que resolvam problemas de forma inovadora e cada vez mais vemos eventos relacionados à inovação e empreendedorismo – hoje, a Endeavor e a Ernst & Young (EY) trazem o CEO Summit para o Sul do país e empreendedores discutirem mais o ambiente da capital. Se é possível ter um Vale do Silício brasileiro, é muito provável que Santa Catarina seja forte candidata a abrigar os próximos grandes cases de tecnologia do Brasil – e, por que não, do mundo. É provável que o Estado seja forte candidato a abrigar grandes cases de tecnologia

*Coordenador da Endeavor em Santa Catarina, Florianópolis.

 

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