Em toda essa várzea, que tem aproximadamente cinco milhas quadradas, o Ratones é bastante meandroso e subdivide-se ainda em minúsculos tributários, que dão passagem apenas a pequenas canoas. Vista do alto, do Moquém ou de montes fronteiriços, essa faixa de água serena assemelha-se a monstruoso réptil, negro e reluzente, adormecido, em caprichosa sinuosidade, sobre a basta alfombra verde.
A sinuosidade desde a década de 1950 já não é a mesma descrita por Virgílio Várzea no livro Santa Catarina – A Ilha, editado pela primeira vez em 1900. Escondidas pela retilização da macrodrenagem que até hoje influencia negativamente o ecossistema da maior bacia hidrográfica de Florianópolis, as curvas do leito original são conhecidas apenas por quem já passou dos 50 anos. E só podem ser contornadas na enchente da maré, em canoas e batelões de pequeno porte – a maioria ainda tocada a remos.
Como a fartura de peixes e camarão, o vaivém de embarcações também nem de longe lembra o dos tempos dos lanchões que navegavam pela baía norte, carregadas de mercadorias da roça para o mercado da cidade. Quitanda às vezes ajeitada em meio a cargas de lenha para manter acesas as caieiras ou cascas de mangue usadas na pintura de redes, tecidos e linho.
Em cascos coloridos e remendados, canoas de um pau-só hoje são minoria entre similares e pequenos botes de fibra de vidro, mais seguros para o lazer ou a lida de subsistência de parte da comunidade tradicional. São 34 famílias na Associação dos Pescadores do Rio Ratones, envolvidas em ações emergenciais para salvar o maior rio da Ilha do mal que mata todos os outros: esgoto, lixo doméstico, assoreamento e aterros para ocupação desordenada no entorno.
“Meu sonho é ver Ratones e Vargem Pequena com esgoto tratado”, diz Orlando Domingos da Silva, 53, um dos fundadores e diretor da associação, que está de olho no futuro. A ideia é criar projeto de turismo ecológico, com passeios guiados pelos próprios pescadores pelos leitos navegáveis do rio e seus afluentes. “E mais tarde, integrar com as trilhas da Costa da Lagoa, resgatando antigos caminhos de caçadores”, diz.
Poda reabre braços interrompidos pelo excesso de vegetação
Enquanto o turismo ambiental é apenas sonho e planos dos pescadores, eles mesmos devolvem a navegabilidade a trechos mais obstruídos do Ratones. Com licenças do ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade) e da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente), o excesso de vegetação das margens têm sido podado em mutirões de fim de semana.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 26/09/2015.
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