Marca Florianópolis deve ser reanalisada

Há um grande desconforto nos meios oficiais com a repercussão da enquete sobre a Marca Florianópolis, com três modelos amplamente rejeitados, não só nas redes sociais, mas em todos os meios profissionais ligados à comunicação e ao marketing. Na quinta, 16, a Comunidade Profissional de Design Gráfico de Florianópolis emitiu uma carta aberta ao prefeito Cesar Souza Júnior, à secretária de Turismo, Zena Becker, e ao secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Filipe Mello. O conteúdo, respeitoso, mas duro, focaliza as discussões sobre a Marca Florianópolis e sobre a péssima recepção dos três desenhos desenvolvidos pela UFSC e apresentados pela prefeitura. O texto é longo e muito técnico, mas, em suma, aponta os problemas que nós temos levantado desde o início do processo, com base em opiniões autorizadas, como a ingenuidade, a complexidade, a má qualidade tipográfica, a poluição visual, a dificuldade de redução e aplicação e a falta de sistematização. “Sugerimos que a votação para a escolha da marca turística de Florianópolis atualmente em curso seja imediatamente interrompida, evitando as consequências negativas de imagem, políticas e até mesmo econômicas que o prosseguimento desse processo e aprovação da nova marca acarretariam. Sugerimos, cordialmente, que a Setur abra o debate junto à comunidade profissional sobre os rumos do projeto, levando em conta suas colaborações”, enfatiza o documento dos designers gráficos. A prefeitura deve se pronunciar sobre o caso nos próximos dias.

A melhor de todas

Não sou exatamente um especialista em design, mas a marca que resgatamos na quarta-feira, desenhada pelo publicitário George Peixoto (Picolé) na década de 1980, poderia ser escolhida, sem mais delongas, para representar Florianópolis de forma correta do ponto de vista do marketing. O próprio Picolé com certeza se disporia a atualizá-la, de acordo com padrões atuais. É muito linda. É uma marca.

Nenhuma delas

Estanislau Bresolin, presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Catarina, também opina sobre a pesquisa que pretende escolher uma marca turística para Florianópolis, considerando fracas e de pouco impacto para o setor as propostas apresentadas. Para ele faltou um item a mais entre os três escolhidos para a enquete. “Se houvesse a alternativa ‘Nenhuma das anteriores’, ganharia fácil”.

( Notícias do Dia Online, 17/07/2015)