Basta de ilegalidades no campus da UFSC

(Por Carlos Damião,  Notícias do Dia Online, 01/07/2015)

Não é mais possível tolerar essa “zona franca” de ilegalidades no campus da UFSC, uma verdadeira agressão aos direitos da sociedade, com a utilização de área pública federal para festas de embalo que atravessam as madrugadas. A UFSC precisa reprimir essas ocorrências, sob o risco de continuar contribuindo para a violência na Trindade e todos os bairros do entorno. Que não se negue aos estudantes o direito à festa, porque isso é da tradição dos centros universitários. Mas é preciso estabelecer regras definitivas para evitar o que a reportagem da RICTV exibiu: alto consumo de álcool – vodca e uísque em especial – e de drogas, som exageradamente alto, além de manobras arriscadas de automóveis e motocicletas. Observando bem as imagens, dá para ver que a prática de manobras com automóveis velhos e motocicletas lembra o que havia no Koxixo’s, até alguns anos, e aconteceu na Lagoa por um período. Nos dois casos, tanto na Beira-Mar quanto na Lagoa, os paus velhos em geral tinham placas de São José, Palhoça e Biguaçu, conforme imagens da própria Polícia Militar.

O atalho

Um detalhe importante nessa história da UFSC é que a festa flagrada pela equipe da RICTV – formada por Sérgio Guimarães e Ailton Vieira – poderia ter sido evitada se houvesse patrulhamento policial no entorno, que não é de competência federal. Todos os carros que invadiram o campus no fim de semana chegaram à região central do campus utilizando as calçadas. Ou seja, uma ronda policial teria impedido o ingresso do comboio de arruaceiros.