O Plano de Ação Florianópolis Sustentável, primeiro estudo amplo de sustentabilidade de um município da Região Sul, foi lançado na manhã desta quarta-feira (24), em Florianópolis. Muito além de um documento com 263 páginas, o estudo, certificado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), será uma importante ferramenta para desenhar o futuro da cidade.
O trabalho de quase dois anos de pesquisa foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e pela Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES), em parceria com BID, Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Florianópolis. Com base em estudos técnicos, pesquisas de opinião pública e consulta a especialistas, foi possível montar uma radiografia completa da cidade.
Nela, foram levantados 121 indicadores, divididos em 23 temas e separados em três dimensões (ambiental e mudança do clima; urbana; fiscal e governança). Destes, cinco foram aprofundados e priorizados.
Diante destes números, o plano indicou 95 ações que o município precisa encaminhar para que a cidade cresça de maneira sustentável, 18 deles de forma prioritária, que envolvem diretamente os temas nas quais ela deve melhorar, como,, por exemplo: mobilidade, uso da ocupação do solo e gestão pública moderna.
“Sem dúvida, é o mais profundo estudo já realizado sobre Florianópolis. Certificado pelo BID e realizado por importantes instituições de pesquisa. A cidade agora tem um importante aliado na busca de recursos para por em prática obras de que tanto precisamos. Muitas já estão em andamento e as demais vamos correr atrás para desenvolvê-las”, disse o prefeito Cesar Souza Junior.
Plano é o certificado do que a cidade precisa
Segundo o superintendente de estratégia de governo da Caixa, Marcus Vinicius Rego, o município tem, com o plano, mais facilidade para aprovação de financiamentos, já que tem um estudo bastante completo indicando o que a cidade precisa e por qual razão.
“Este plano só existe em mais quatro cidades brasileiras, é realizado com base em muitos critérios e os municípios escolhidos são como joias do país, queremos que elas cresçam sem perder suas belezas naturais”, disse.
Mobilidade, ocupação do solo e gestão pública moderna
Para Ellis Juan, representante da Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis, o estudo revela que Florianópolis precisa melhorar sua capacidade viária, seus tipos de modais, a maneira como ocupa o território e modernizar a gestão da Prefeitura.
“Levanto estes como primordiais. Muitas obras já estão no caminho certo e bastante adiantadas, o plano foi pensando para até 2020 e acredito que com ele será mais fácil atingir estes objetivos”, afirmou.
Saiba mais sobre o plano
Quais os próximos passos: um plano de ação como este tem cinco fases. Com o lançamento, Florianópolis está na terceira (antes vem preparação e pesquisa). A quarta e quinta fase são as de elaboração de projetos e conquista de verbas para colocar as obras em prática.
Primeiros a lançar na América Latina e Caribe
1 – Goiânia (GO)
2 – João Pessoa (PA)
3 – Vitória (ES)
4 – Florianópolis (SC)
5 – Palmas (TO)
Outras cidades que estão elaborando
Trujillo (Peru)
Porto da Espanha (Trinidad e Tobago)
Santa Ana (El Salvador)
Montevidéu (Uruguai).
Meta do ICES: chegar a 120 cidades da América Latina e Caribe até o fim de 2020.
Estudos inéditos que foram realizados na Capital catarinense:
– emissão de gases de efeito estufa;
– vulnerabilidades à mudança do clima;
– crescimento da mancha urbana da cidade e de seu entorno.
Os cinco temas priorizados – onde Florianópolis precisa melhorar
– Gestão integrada de saneamento básico;
– Vulnerabilidade a desastres naturais;
– Uso e ocupação do solo;
– Mobilidade;
– Gestão pública moderna.
Temas em que Florianópolis está bem colocada
-Qualidade do ar
-Transparência na gestão pública
-Saúde
-Gasto público
-Competividade (emprego e negócios)
-Educação
O Plano de Ação Florianópolis Sustentável está disponível para download NESTE LINK.
(Prefeitura de Florianópolis, 24/06/2015)
Estudo apresentado ontem em Florianópolis fez diagnóstico e projetou soluções aos desafios de desenvolvimento sustentável. Baixo índice de reciclagem, desperdício de água, irregularidade na ocupação do solo, dependência dos carros e vulnerabilidade a fatores climáticos são os principais problemas levantados pelo Plano de Ação Florianópolis Sustentável e que precisam ser resolvidos até 2022. Com os dados em mãos, o município passa a ter mais facilidade para obter verbas para estes setores. O estudo foi feito em Florianópolis e outras capitais como Goiânia (GO), João Pessoa (PA) e Vitória (ES).
O trabalho, feito pela Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (Ices) e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam), levou quase dois anos para ficar pronto e teve apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Caixa Econômica Federal.
– Sem dúvida, é o mais profundo estudo já realizado sobre Florianópolis. Certificado pelo BID e realizado por importantes instituições de pesquisa. A cidade agora tem um importante aliado na busca de recursos para pôr em prática obras que tanto precisamos. Muitas já estão em andamento e as demais vamos correr atrás para desenvolvê-las – disse o prefeito Cesar Souza Junior.
CAPITAL LEVOU LEVOU 10 VERDES
Para se chegar aos apontamentos, pesquisadores dividiram 121 características da cidade em 23 temas com sinais iguais aos de um semáforo – verde, amarelo e vermelho. Florianópolis levou 10 verdes, 11 amarelos e apenas dois vermelhos – uso do solo e mobilidade urbana.
Segundo prefeito, um plano de ação como esse tem cinco fases. Com o lançamento, Florianópolis está na terceira (antes vem preparação e pesquisa). A quarta e quinta fases são para elaboração de projetos e conquista de verbas para aplicar as melhorias.
(DC, 25/06/2015)
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