A taxa de desemprego do país fechou o primeiro trimestre deste ano em 7,9%, o equivalente a 7,934 milhões de pessoas sem trabalho. É a maior desde o mesmo período de 2013. Santa Catarina foi na contramão e apresentou a menor taxa de desocupação do país. O Estado registrou um contingente de 3,9% de desocupação, bem abaixo da média nacional. Os dados fazem parte da Pnad-C (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e foram divulgados ontem pelo IBGE.
Os números nacionais apontam que mais pessoas estão procurando emprego, mas a geração de vagas é menor. No trimestre imediatamente anterior, a taxa foi de 6,5%. No primeiro trimestre de 2014, o desemprego foi de 7,2%, o que significa uma adição de cerca de 900 mil pessoas entre a população desocupada no período de um ano. O número leva em consideração apenas quem procura emprego, mas não encontra, ou seja, quem deixa de buscar emprego sai dessa conta.
Apesar do aumento do desemprego, o rendimento real (já descontada a inflação) tem se mantido estável. Ele foi de R$ 1.840 mensais no primeiro trimestre de 2015, exatamente o mesmo do primeiro trimestre de 2014 e acima do rendimento observado no quarto trimestre de 2014, que era de R$ 1.825, uma alta de 0,8%.
O nível de ocupação, ou seja, o percentual daqueles em idade para trabalhar que estão empregados, foi de 56,2% no primeiro trimestre, o equivalente a 92,023 milhões de pessoas. O número é uma queda frente ao quarto trimestre de 2014, quando o nível de ocupação era de 56,9%. Também é menor que o do primeiro trimestre de 2014, quando o percentual era de 56,8%.
A região Nordeste liderou o desemprego do país, com taxa de 9,6%. O destaque negativo ficou para o Rio Grande do Norte, com a maior taxa do país (11,5%). A região Sul teve a menor taxa de desemprego, de 5,1%. No Sudeste, o desemprego foi de 8% no primeiro trimestre deste ano, um quadro de piora em relação aos três últimos meses de 2014 (6,6%).
A Pnad investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país e deve substituir a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que pesquisa 44 mil domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.
(Notícias do Dia Online, 08/05/2015)
Santa Catarina tem a menor taxa de pessoas sem trabalho no país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua divulgada ontem. O levantamento inédito mostra que no 1o trimestre de 2015, o Estado teve a menor taxa de desocupação (3,9%), enquanto o Rio Grande do Norte teve a maior (11,5%). No Brasil, o índice é de 7,9%. SC também lidera no ranking nacional com o maior índice de carteiras assinadas, 90,1%, sendo maior que a taxa nacional que é de 78,2%.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Carlos Alberto Chiodini, a diversidade da economia catarinense se difere das demais:
– Temos indústria, prestação de serviço, logística. O desafio para continuar crescendo é o desenvolvimento regional. Há regiões que podem se desenvolver muito mais e também devemos fortalecer segmentos estratégicos, como a indústria tecnológica.
Os dados mostram ainda a média mensal de rendimentos dos trabalhadores: neste ranking, SC aparece na 5a posição, com o valor de R$ 2.015. A evolução desses índices é outra informação que consta na pesquisa, que aponta estabilidade catarinense nos últimos trimestres mesmo diante do baixo crescimento econômico do país no período.
A PNAD Contínua é feita em todos os Estados desde o 4o trimestre de 2011, mas, a partir de agora, passará a incorporar outras pesquisas que eram realizadas apenas nas seis principais metrópoles do país.
– Nossa meta é unir os dados em uma pesquisa. Antes tínhamos estas informações apenas em seis regiões metropolitanas, na qual SC não fazia parte. Este é o primeiro panorama no cenário nacional – explica o chefe da unidade estadual do IBGE, Alceu Vanzella.
ENTREVISTAS EM 12 MIL CASAS
A pesquisa mostra o resultado com base nos dados coletados de janeiro a março de 2015. Foram entrevistadas pessoas com mais de 14 anos em aproximadamente 12 mil domicílios em Santa Catarina. De acordo com os resultados por amostragem, a estimativa é que SC tenha 3,4 milhões de pessoas ocupadas, formal ou informalmente. Destes, 851 mil trabalhadores estão na indústria, setor que lidera o ranking de ocupações no Estado. Dados também apontam que SC tem 139 mil pessoas sem ocupação. Sendo o Estado com maior percentual de pessoas que não trabalham por opção, por se considerarem muito jovens ou idosos. Se comparado com o mesmo período de 2014, o Santa Catarina apresentou um aumento de 0,8 ponto percentual na taxa de desocupação.
(DC, 08/05/2015)
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