Florianópolis está ameaçada mais uma vez

( Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 20/05/2015)

“Vai parar?”, perguntou-me uma colega do Grupo RIC, na terça, 19, à tarde, quando lhe disse que os motoristas e cobradores tinham decidido pelo “estado de greve” na assembleia realizada pela manhã. Essa é a pergunta que trabalhadores, estudantes, aposentados, donas de casa, devem estar se fazendo o tempo inteiro, diante de mais uma situação tensa envolvendo o transporte coletivo. Escrevi aqui, certa vez, que o conflito entre a categoria e as empresas do setor deveria entrar para o calendário anual de eventos da Grande Florianópolis, ao lado do Carnaval, da Procissão do Senhor Jesus dos Passos, da Fenaostra, da Festa do Divino etc. Greve do transporte coletivo é tão certa, todos os anos, quanto vento Sul e chuva nas estações mais frias. O que talvez mude este ano seja a disposição do Sintraturb, o sindicato dos trabalhadores do setor, para um diálogo mais rápido e produtivo com os empresários. Há indicativos de que um novo impasse, como o ocorrido em 2014, possa remeter o caso para decisão judicial – em evidente prejuízo para as reivindicações apresentadas. Se for assim, melhor para todos nós, que não ficaremos à mercê dessa situação crítica, desagradável e desigual.