Dois dos principais agentes públicos investigados na Operação Ave de Rapina, deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado, prestaram depoimentos nesta quinta-feira na CPI dos Radares, da Câmara de Vereadores de Florianópolis. Os ex-diretores do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) Adriano João de Melo e Júlio Pereira Machado, o Júlio Caju, que na operação são flagrados conversando sobre contratos, se colocaram em lados opostos diante dos parlamentares.
Adriano foi o primeiro a depor, e durante três horas tentou provar sua inocência, alegando que Júlio Caju é quem tinha influência política no Ipuf. Ele confirmou a compra de um imóvel com Júlio Caju e assumiu que os contratos para manutenção de semáforos na cidade eram terceirizados por Carlos Henrique Almeida de Lima, o Baiano. Adriano chegou a afirmar: “Tem pessoas que eram para estar presas e estão soltas”, sem revelar nomes. Já Júlio Caju se valeu do direito constitucional de só falar em juízo, fornecendo poucos elementos aos parlamentares.
A denúncia oferecida no dia 10 de dezembro de 2014 pelo promotor Alexandre Graziottin aponta uma negociação para que a empresa Focalle vencesse o processo de licitação para manutenção dos semáforos, o que de fato ocorreu. No entanto, a empresa não teria realizado os serviços no contrato de R$ 85,9 mil, já que logo após assinatura a Focalle celebrou um “contrato de gaveta” com a HLI Astech Instalações Eletrônicas, empresa de Baiano.
Segundo a denúncia, a Focalle se comprometeu a repassar R$ 35 mil para que Baiano realizasse o serviço no lugar da empresa vencedora: “Tudo de modo a permitir que os valores do superfaturamento (mais de R$ 50 mil) pudessem ser compartilhados entre os integrantes da organização criminosa, com a distribuição a estes dessa vantagem indevida a ser irregularmente obtida”. Os dois também aparecem nas investigações sobre a empresa Sinasc, que mantinha contratos em mais de R$ 5 milhões com o município de Florianópolis.
Caju diz que vendeu parte de apartamento a Adriano
Nas poucas vezes em que falou, Júlio Caju esclareceu sobre a compra de um apartamento. “Apartamento não, porque foram só R$ 30 mil de entrada e depois eu vendi a minha parte para Adriano”, afirmou.
Em outro momento, depois que o presidente da CPI, vereador Vanderlei Farias (PDT), citou trecho da gravação interceptada onde Adriano relata que ele é quem deveria ter ido a Porto Alegre, supostamente para trazer os R$ 100 mil apreendidos com Júlio Caju, este segundo rebateu: “Ele disse que eu é que era forte politicamente, mas quem deveria ir era ele”, disse. “Muitas dessas gravações estão sendo contestadas na Justiça, tanto a competência da [Polícia] Federal e a legalidade disso”, completou Caju.
Policiais rodoviários serão ouvidos na próxima semana
A CPI dos Radares deve ouvir na próxima semana os dois patrulheiros federais que interceptaram os R$ 100 mil em Porto Alegre, quando também teria sido apreendido um contrato aditivo no valor de R$ 600 mil com a empresa Kopp, então operadora do sistema de radares da Capital. A investigação da Polícia Federal intitulada evento Kopp-Focalle denunciou 13 pessoas, entre elas Adriano João de Melo, Júlio Machado, Theo Matos, Cesar Faria e Carlos Henrique Almeida de Lima, o Baiano, além dos empresários da Kopp e Focalle.
Na semana passada, por uma falha processual, o juiz Marcelo Volpato retirou a denúncia para cumprimento do direito de defesa prévia dos réus, que no prazo de 15 dias devem oferecer alegações. Posteriormente, a denúncia deve ser reformulada.
(Notícias do Dia Online, 05/03/2015)
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