Porta de entrada e saída de Florianópolis para 10 mil pessoas diariamente, o Terminal Rita Maria vai passar novamente por reforma a partir desta segunda-feira. Em seis meses a Construtora Progredior, vencedora da licitação, vai fazer a pintura interna e troca de pisos ao custo total de R$ 2,4 milhões.
A empresa foi responsável pela impermeabilização do telhado e reforma do subsolo no ano passado, serviço que custou ao governo do Estado R$ 5,4 milhões.
— A estrutura antiga já tem 30 anos e precisava passar uma revitalização — disse em nota o secretário de Infraestrutura, João Carlos Ecker.
As mudanças na estrutura do prédio foi solicitada pelo Ministério Público de Santa Catarina através de uma ação civil pública contra o Deter em junho de 2012.
Entre os problemas constatados estavam fiação estar exposta, central de alarme de incêndio inoperante, falta de luzes de emergência e quantidade reduzida de extintores de incêndio.
O descaso com o terminal, inaugurado em 7 de setembro de 1981, quase resultou em vítimas. Em janeiro de 2012 uma canaleta se soltou do telhado e causou sustos aos passageiros. Dois anos antes o prédio chegou a ser declarado em estado de emergência pela Defesa Civil, por queda de pedaços de telhas e goteiras.
Somente após a Justiça ordenar as reformas é que o governo lançou a licitação, em janeiro de 2013. Em breve o secretário de Infraestrutura deve entregar ordem de serviço no valor de R$ 1,9 milhões para obras na parte exterior, com recuperação de pátios, estacionamento e pintura. Ao final de todas as fases, o Estado terá gasto R$ 10 milhões em reformas no Terminal.
– Inaugurado com show de Fafá de Belém, em 7 de setembro de 1981, o Terminal Rita Maria viria a ser um dos principais espaços de convivência da população de Florianópolis.
– Sem reformas ou qualquer manutenção desde o show, em novembro de 2010 o prédio foi declarado em estado de emergência pela Defesa Civil por queda de concreto das telhas.
– Em Janeiro de 2012 uma canaleta se soltou do telhado do Terminal e assustou passageiros.
– Junho de 2012, Ministério Público de Santa Catarina ajuíza ação civil pública contra o Deter pedindo reformas.
Em janeiro de 2013 Justiça dá o prazo de 180 dias para Deter fazer obras no Terminal. Edital é lançado no final do mesmo mês com valor de R$ 6,4 milhões. Construtora Progredior vence o certame com projeto de R$ 5,4 milhões e entrega em um ano a obra.
– Agosto 2013, MP pede interdição do Terminal Rita Maria. Conforme o promotor Daniel Paladino, o Deter havia iniciado os trabalhos de revitalização no telhado, mas não havia licitado ainda as obras preventivas contra incêndio. Justiça aumentou o prazo para 90 dias.
– Em fevereiro de 2014 o Ministério Público voltou a pedir que Terminal seja interditado por falta de obras contra incêndio, que só seriam concluídas no início de março.
(DC, 01/02/2015)
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