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Acif completa 100 anos e se prepara para o futuro

O ano de 2015 ficará na história da vida de Sander DeMira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).

É o ano em que a entidade que preside completa cem anos de existência. Fundada em 13 de maio de 1915, atualmente com mais de três mil associados, a Acif divulga na quarta-feira, 21, as ações que serão realizadas nesse ano do seu centenário.

Nessa entrevista exclusiva ao Portal EconomiaSC, Sander DeMira antecipa essa programação, fala da emoção e da responsabilidade de presidir a entidade nesse momento e analisa o posicionamento da Acif no passado, no presente e para o futuro.

EconomiaSC – Em primeiro lugar, gostaria de saber como o senhor se sente sendo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), no momento em que ela completa os seus 100 anos?

Sander DeMira – Acho que a palavra chave é a de honra e uma segunda de orgulho. A honra de ter a felicidade, de ter a oportunidade de estar numa presidência de uma entidade que é muito respeitada, que é a maior entidade voluntária do estado de Santa Catarina.

A Acif é uma entidade com um rol muito grande de serviços prestados em favor de seus associados para a cidade de Florianópolis, para o Estado e até para o País. Se a gente pegar na história do País, do nosso Estado e da nossa cidade, são muito poucas as empresas e entidades que chegam onde a Acif chegou.

Temos poucas instituições que têm a feliz competência até diria, pois tem muito trabalho por traz disso, se não houver uma base sólida de atendimento às necessidades para às quais ela foi criada, não sobrevive tanto tempo assim. E a Acif teve isso, teve a competência de transpor esses cem anos de uma forma muito honrada e produtiva.

O que a colocou numa posição de destaque. Onde quer que a gente vá, pela Associação Comercial, a gente é muito bem recebido. Então, é um orgulho muito grande, é uma gratidão muito grande de ter essa felicidade de ser presidente desta entidade no momento em que comemoramos o seu centenário.

EconomiaSC – E qual é o tamanho dessa responsabilidade?

Sander DeMira – É exatamente proporcional a esse tamanho da Acif. Quando a gente entende a posição em que a entidade está e a importância do momento, também é preciso que a gente entenda o tamanho da responsabilidade que a gente tem em cumprir e honrar esse centenário. E esse é o sentimento de toda uma diretoria que me acompanha.

EconomiaSC – Quantos associados a Acif tem atualmente?

Sander DeMira – Hoje nós temos 3281 associados. Grande parte de pessoas jurídicas e outra parte de pessoas físicas, pois o nosso estatuto nos permite.

EconomiaSC – Além da sede, quantas regionais a entidade possui?

Sander DeMira – Temos as de Ingleses e Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina, na Lagoa da Conceição, na Região Leste, temos a regional Sul, na entrada do Campeche, a do Centro funciona aqui na rua Emílio Blum, junto à Matriz, e a regional do Continente, que fica bem no incçicio do bairro Estreito.

Além disso, temos a nossa unidade móvel, que seria mais uma regional, que está onde precisamos, de acordo com os eventos realizados pela entidade, que faz esse trabalho de atender onde não temos a possibilidade de estar com as nossas regionais físicas.

EconomiaSC – Florianópolis nesses últimos 100 anos também mudou. Mudou a sua posição para o país e até mesmo para o mundo. O seu empresário mudou. A sua população mudou. Como o senhor vê essas mudanças ocorridas na cidade que trouxeram coisas boas, mas também muitos problemas?

Sander DeMira – Eu acredito que temos que ir pelo caminho do desenvolvimento sustentável. Isso na sua concepção mais ampla. Florianópolis foi agraciada com belezas naturais ímpares. Temos também um povo, uma cultura, que é hospitaleira, que deixa a nossa Ilha ainda mais atrativa, que soube ao longo dos anos criar algumas marcas de sucesso.

Seja na nossa arte, como a renda de bilro, na nossa culinária e nas nossas festas típicas. Obviamente que a vida da cidade precisa evoluir e, em Florianópolis, tem hoje uma nova economia, que é a indústria da tecnologia, a indústria do saber.

Temos hoje centros importantes de pesquisa e educação que precisam ser valorizados, que começam a trabalhar essa nova economia complementar que consegue conviver muito bem com essa questão da preservação ambiental. Acho que acima de tudo vale a pena um exercício nosso também, de valorizarmos as nossas raízes, a nossa história e a nossa cultura.

Desta forma, o restaurante típico, que serve o caldo de camarão, tem que atender tão bem quanto ao de alta gastronomia. Mas podemos fazer isso com o pé na areia, que é a nossa raiz. Então, eu acho que o nosso grande diferencial é continuarmos esse desenvolvimento mas sem perdermos a nossa essência.

EconomiaSC – Mas a realidade que vemos é bem diferente. Percebemos várias reclamações de atendimento, de preços abusivos, principalmente no período de temporada de Verão. Como é essa preparação do empresário local para esse atendimento diferenciado?

Sander DeMira – Só aqui na Acif, em 2014, passaram mais de duas mil pessoas recebendo treinamento de várias áreas. A Associação está fazendo esse papel de ajudar na preparação desses profissionais e empresários. É difícil? É complexo? Sim, é!

O engraçado que temos até dificuldade de fecharmos algumas turmas. Não conseguimos ter o eco que queríamos, muitas vezes, dos nossos serviços. As pessoas muitas vezes não enxergam a importância dos cursos e treinamentos que oferecemos.

Mas estamos convictos que estamos fazendo o nosso trabalho. O próprio tamanho que estamos dando às comemorações do nosso centenário é um exemplo. Estamos resgatando muito da história de Florianópolis, que se mistura muito com a história da Acif nesses últimos 100 anos, para valorizar a tradição e a cultura da cidade.

E se pensarmos em termos de negócios, temos alguns “cases” de sucesso, que deram certo, justamente por valorizarem essas características típicas da Ilha. Acho que esse tipo de negócio deve ser valorizado cada vez mais.

EconomiaSC – Nessa questão da profissionalização e da capacitação, a Acif tem um trabalho organizado através de seus Núcleos Setorias. Gostaria que o senhor falasse um pouco mais sobre esse trabalho.

Sander DeMira – Os Núcleos Setoriais são uma das grandes essências da entidade. É através da organização dos pares e, por conseqüência, conseguimos entender de uma forma muito mais ampla e profunda quais são as reais necessidades daquele seguimento e deste diagnóstico você consegue mobilizar e gerar a sinergia que é tão própria do associativismo.

A partir desses grupos, empresário de um mesmo segmento juntam suas forças para resolverem seus problemas de uma forma inteligente. Essa é a grande essência desta reunião chamada de Núcleos Setoriais.

A Acif entra como grande facilitador, emprestando sua estrutura física e de pessoal e auxiliando para que esses empresários consigam sentar numa mesma mesa e resolverem os seu problemas e aumentar as suas vantagens competitivas. Isso acontece todo dia aqui na Associação. É uma rotina. Temos cerca de 26 Núcleos Setoriais de várias áreas, que trabalham no dia a dia na obtenção de soluções de problemas que lhe são próprios.

EconomiaSC – Em 2014 a Acif teve, como instituição, um posicionamento forte contra co aumento do IPTU na Capital, sugerido pela Prefeitura Municipal. No seu entender a Acif deve ter uma ação maior em relação às questões administrativas e políticas de Florianópolis?

Sander DeMira – Toda entidade, principalmente uma entidade centenária como a Acif, e que tem um impacto tão grande como a Acif, no dia a dia da cidade, precisa se posicionar. Se posicionar politicamente, nos principais assuntos da cidade, obviamente que tenham pertinência com os negócios ou com os assuntos que digam respeito aos associados que nós representamos.

Em toda a pauta que tenha essa relevância, que tenha esse caráter de empatar a vida da cidade e dos nossos associados, temos o dever de participar dessa discussão. Sempre de uma forma republicana, de uma forma muito tranquila e propositiva. A história mostra que a Acif sempre foi muito cuidadosa em apontar os pontos de discordância, mas também apontar o que nós víamos como pontos de soluções.

EconomiaSC – Mas em relação ao IPTU e ao ITBI essa posição foi mais enérgica. Por que?

Com relação a 2014, onde lideramos junto com outras entidades, em função dos aumentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do ITBI (Imposto sobre a Transmissão onerosa de Bens Imóveis), tivemos uma posição mais enérgica, contra um “canetaço” que aumentava uma carga tributária, num momento de tanta fragilidade, num momento que a economia vive as sua dificuldades, que onera o dia a dia das nossas empresas, num momento em que a gestão pública necessita ser mais eficiente e transparente.

Não podemos concordar que haja um aumento tributário, sem uma base que seja realmente verdadeira. No caso do IPTU de Florianópolis, não houve um estudo da Planta Genérica de Valores. Não houve critério. E a falta desse critério gera situações de cobranças desequilibradas de contribuintes de uma mesma cidade.

Como um vizinho tem IPTU social e o outro não? O que diferencia? Naquele estudo não houve critério, isso não foi levantado. Como entidade, nunca fomos contrários a reavaliação da Planta Genérica de Valores, mas entendemos que o jeito que foi feito é que deveria ter sido feito com outros critérios. Sem critérios nós não podemos concordar.

EconomiaSC – Além do IPTU e do ITBI em quais assuntos a Acif poderia ajudar mais?

Sander DeMira – Esse é um grande desafio na realidade. Como todas as outras entidades associativas, nós temos as nossas limitações. Temos que prestar um bom serviço para o nosso associado, com todos os nossos produtos e serviços, como plano de saúde, o cartão de benefícios e descontos, treinamentos, postos de conciliação, enfim, uma série de soluções que devem continuar e devem ser aprimoradas.

Mas temos ao mesmo tempo a necessidade de entrar em temas que são importantes para toda a cidade. E em função dessa limitação temos que escolher algumas bandeiras.

Além do IPTU e ITBI, estivemos no ano passado também em Brasília cobrando providências em relação às obras de ampliação do terminal do aeroporto Hercílio Luz. Agora, confesso que é uma luta sempre muito difícil, desgastante, porque a velocidade da coisa pública é diferente do que a gente imprime nos nossos negócios. Quando a gente trata com os entes públicos, temos um trato muito diferente. Para esse ano de 2015 vamos continuar nessa luta.

Temos um problema insistente que é a presença da informalidade no nosso município. Inclusive temos que ter um cuidado de caracterizar de forma correta, que ambulantes é uma coisa e comércio informal é outra.

Mas é que temos um grande problema, principalmente nos nossos balneários, esse comércio informal que não tem compromisso nenhum com a cidade e nem com o consumidor. Outra coisa que gostaria de ressaltar, que o trabalho de todos os diretores da Acif é um trabalho voluntário.

Mas se nos chamarmos para discutirmos, para participarmos de qualquer discussão em favor da cidade, estaremos lá, com energia e boa vontade. Nas regionais, existem comissões que participam de várias reuniões sobre assuntos locais, regionais, com a participação direta da Acif.

Um exemplo é o Centro de Eventos de Canasvieiras, que ainda não está funcionando, mas está lá, ao ponto que está, por um trabalho muito forte da nossa entidade naquela regional.

Há um outro grupo de trabalho que acompanha as obras de ampliação da ponte da Barra da Lagoa. Além disso, hoje a Associação Comercial tem assento em cerca de 50 entidades, que de alguma forma fazem a diferença para as políticas públicas de Florianópolis.

EconomiaSC – Nesse sentido, como é o relacionamento, como é a interação da Acif em relação às outras associações da Grande Florianópolis?

Sander DeMira – Temos convicção que temos problemas em comum, que devem ser enfrentados em conjunto. A mobilidade, a falta de saneamento básico, são exemplos claros. Não dá para despoluir a metade cá e deixar a metade de lá suja. Temos uma participação muito grande no Conselho de Desenvolvimento Metropolitano, onde a última presidência foi nossa, de Florianópolis. E esse é o melhor lugar para tratarmos de assuntos regionais.

Todas as Associações Comerciais e Industriais, como as de Palhoça, Biguaçu e São José tem assento nesse conselho, além de entidades como o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, Agrônomia de Santa Catarina, Floripa Manhã, Conventions Bureau, entre outras. Além disso, temos integrações de ações, que são realizadas na nossa associação e que são levadas para outras associações. Como por exemplo, o Programa Reóleo, que colocou Florianópolis no Guinnes Book como a cidade que mais recolhe óleo usado no mundo.

Nós ampliamos o projeto. Levamos para a Palhoça e agora, recentemente, assinamos um convênio com a Associação Comercial de Biguaçu. A Acif, nesse caso, serviu não só de “case”, de exemplo, para outra entidade, mas também como parceira. O CDL daqui de Florianópolis anunciou que está criando um posto de conciliação avançada, o que nós já fazemos na Acif há alguns anos. Mas é uma iniciativa que está sendo copiada e isso é muito bom. Mostra que estamos no caminho certo.

EconomiaSC – Tem muito empresário que é associado ao CDL de Florianópolis que não é associado da Acif ou vice versa? Como é esse relacionamento?

Sander DeMira – Não saberia te dizer exatamente os números, mas uma grande maioria dos nossos associados não filiados do CDL e vice-versa, como são filiados também em outras entidades. O que te posso falar desse relacionamento é do meu tempo de presidência.

Logo que eu assumi fiz um movimento de aproximação, justamente por entender que muitas das nossas ações podem ser potencializadas em benefício para todos. Hoje existem muitas ações que são feitas em conjunto.

A respeito do Mercado Público de Florianópolis, à sua reforma e as licitações para os novos boxes, participamos em conjunto ao CDL, auxiliando a Prefeitura em todo o processo. Nos assuntos relativos também à “pirataria de produtos” e ao comércio informal há também uma sinergia, uma movimentação conjunta entre a Acif e o CDL. Outro assunto, que já mencionamos, é o do IPTU, que com outras 20 entidades se manifestaram. O CDL de Florianópolis é uma entidade que a Acif respeita e reconhece o trabalho que é feito.

Movimento Acif 100 anos

EconomiaSC – Sobre os 100 anos da Acif. Como foi pensada essa programação e quais os principais fatores da história da entidade que serão ressaltados?

Sander DeMira – Para comemorar esse centenário, precisamos primeiro olhar para trás, para o marco zero, fazendo um resgate de tudo o que aconteceu nesses últimos 100 anos. Entre as ações específicas para esse resgate é um livro que conta essa trajetória.

Ao fazermos essa compilação, estamos organizando um grande arquivo histórico, que será um grande legado que vamos deixar para a cidade. Nesse ano do centenário teremos 40 ações diferentes, como uma missa, que será realizada na nossa Catedral Metropolitana, vamos ter também sessões solenes nos legislativos municipal, estadual e federal. Vamos ter uma festa importante no mês de maio, onde será feita uma homenagem a todos os ex-presidentes.

Teremos uma série de eventos ao longo do ano. Mas tem uma coisa importante que pensamos, é que não podemos só ficar olhando para trás. Nós queremos aproveitar esse momento, também para mirarmos os próximos 100 anos. Queremos posicionar a entidade para os próximos 100 anos. E aí também temos uma séria de eventos, para falar sobre isso, sobre o futuro.

Temos por exemplo, no segundo semestre, um ciclo de palestras, onde traremos várias referências para assuntos importantes para Florianópolis, como mobilidade por exemplo, e depois disso, deixar um documento, um legado, de ações que poderemos tomar hoje para que tenhamos uma Florianópolis daqui a 100 anos, legal, sustentável, produtiva e etc. Então, a gente quer pensar sim a cidade para os próximos 100 anos.

Temos uma ação, o Acif Mirim, onde queremos trabalhar a valorização do sendo de empreendedorismo nas nossas crianças. Eles que vão ser a cidade daqui a cem anos, eles que vão ser a Acif daqui a cem anos. No intuito de deixar um legado para o futuro, vamos ter uma capsula do tempo, que vamos enterrar num memorial que iremos construir, para que seja aberta no futuro, onde iremos colocar vários elementos da nossa história, do passado e do presente, para que as gerações do futuro entendam melhor o que acontece agora.

Por exemplo, a Acif foi responsável em trazer o primeiro telex para Florianópolis. A geração atual nem sabe para que serve esse aparelho. Quais serão as empresas que estão em funcionamento hoje e estarão daqui a 100 anos. Precisamos mostrar esse retrato atual para o futuro.

Além dessa estratégia de contar o presente, olhar o presente e pensa no futuro, queremos também poder chegar a todos os públicos. Tivemos uma preocupação, na montagem dessa programação, de falarmos com todos os públicos. A gente quer falar com as viúvas dos ex-presidentes, com os jovens, com as pessoas ligadas à Cultura, ao Esporte, quando teremos uma edição especial do Acif Fun, e assim, impactar pessoas que não fazem parte do nosso corpo associado, mas que são alcançadas como algumas de nossas ações sem saber.

Daí surge uma ação inusitada, praticamente uma das ações inaugurais, que será, no dia 14 de fevereiro, o desfile da Escola de Samba Protegidos da Princesa, que terá em seu samba enredo uma narrativa lúdica da história da Acif. Essa será uma forma de atingir pessoas que não tem conhecimento de como a Associação Comercial participa no dia a dia da cidade. Com isso, também, queremos valorizar o empreendedorismo e a competência.

Queremos desmistificar o pensamento de que ser empresário e ter lucro não são coisas legais. Pelo contrário, precisamos reconhecer a importância de termos empresas competentes e sólidas numa cidade. São as empresas que geram receita, que geram tributos, que geram oportunidades de emprego e de renda. Nossa cultura econômica ainda é muito provinciana, que depende muito dos poderes municipal e estadual. Essa cultura precisa ser transformada. As pessoas precisam querer empreender, ter incentivo para construir coisas novas.

EconomiaSC – As comemorações serão durante todo o ano, mas o lançamento será dia 21 de janeiro?

Sander DeMira – Sim, o lançamento dessa programação será dia 21 de janeiro, num cartão postal da cidade, no Palácio Cruz e Sousa. Nesse dia, vamos fazer o lançamento do Hotsite do centenário, que vai ser o elo principal de comunicação de todas as ações esse ano. Vamos também divulgar a orquídea comemorativa dos 100 anos da Acif. Todos os presentes, todos os prêmios ao longo deste ano do centenário terá um símbolo agregado que é a laelia purpurata, orquídea flor símbolo de Florianópolis. Também vamos lançar o selo e o carimbo postal comemorativo dos Correios, criado especialmente para marcar os 100 anos da entidade.

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Assessoria de Comunicação FloripAmanhã
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