Pesquisadores fazem resgate de baleias

O que poderia ter resultado num fim trágico para uma mãe e um filhote de baleia-franca acabou se transformando num comemorado resgate que teve à frente um grupo de marinheiros, mergulhadores, biólogos e estudantes da UFSC, na tarde da última sexta-feira.

As baleias estavam a menos de um quilômetro da praia da Lagoinha do Norte, em Florianópolis. Enrolados em redes de pesca, mãe e filhote foram avistados pelo mestre da embarcação com membros do Projeto de Monitoramento Ambiental da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo. Eles viram as baleias se debatendo e pararam para ajudar. Um vídeo foi divulgado ontem pelo doutorando Alejandro Donnangelo, que participou do salvamento.

– Se não tivéssemos libertado os dois, o filhote teria morrido – lembra o biólogo.

Apesar de a operação ter dado certo, especialistas alertam para os riscos. Chefe substituta da APA da Baleia Franca, Luciana Moreira observa que é comum os animais se soltarem sozinhos – as baleias podem arrebentar redes, que não são proibidas no local.

– Não recomendamos que ninguém tente libertar as baleias nestas circunstâncias: é muito perigoso. O procedimento só deve ser realizado depois de análise dos animais e do grau de enredamento e por pessoal e treinado – diz.

Pesquisadora do Instituto Baleia Franca, Gabriela Godinho explica que há protocolos que tem de ser seguidos na operação e pede à população que procure as autoridades competentes em casos semelhantes.

(DC, 05/08/2014)