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Noite democrática, o Prêmio Dakir Polidoro

(Por Sergio da Costa Ramos, DC, 12/08/2014)

O Prêmio Dakir Polidoro, patrocinado pela Câmara Municipal e pela ACI, leva a marca do seu patrono, que foi um jornalista pioneiro, vivendo o jornalismo puro e romântico dos anos em que Florianópolis era uma cidade doce e civilizada.

Dakir foi um grande comunicador, um noticiarista inovador e um formador de opinião que a todos encantava, com sua voz cristalina e seu espírito de servir ao público. Seu programa A Hora do Despertador marcou época numa cidade em que ainda se podia atravessar a rua lendo um jornal.

Às seis da manhã o radialista assumia o papel de “despertar” a cidade para mais um dia de trabalho, de escola, de vida. Fazia soar todas as campainhas de uma coleção de despertadores que imaginei serem “reais” – e não um som apenas gravado.

– Está na hora minha gente!

Seguiam-se as primeiras notícias do dia, captadas nos radiojornais do país e comentadas pelo apresentador, que, no inverno, consolava a moçada:

– Está difícil deixar as cobertas? Venham, acordem, tomem seu café, venham para a rua celebrar mais um belo dia de sol!

Atravessando a Rua Tiradentes, a caminho da escola, era-me possível acompanhar o Dakir passo a passo: todos os receptores das casas geminadas estavam sintonizados no seu programa. E o despertador tocava sem parar, da Ponte do Vinagre (Avenida Hercílio Luz) até a Praça XV.

Neste dia em que a Câmara Municipal homenageia uma dezena de jornalistas, ao mesmo tempo em que evoca o também vereador Dakir Polidoro, que honrou e dignificou a Casa, complementam-se as missões dos jornalistas e dos vereadores. Há um grande ponto de tangência entre o legislador municipal e o comunicador. Ambos estão na primeira instância da vida social, representando as suas aspirações mais urgentes. Uns, têm a representação institucional outorgada pelo voto. Outros, a representação de fato, abençoada pelo maior bem de que se pode valer uma nação: o da liberdade de expressão, consagrado na Constituição Federal. Ambos têm o dever de servir à cidadania e de ser escravos da ética.

A Câmara florianopolitana atravessa um período de convalescença institucional, procurando um novo alinhamento com aqueles ideais de Winston Churchill – um símbolo universal do Poder Legislativo –, que, certa vez, dirigindo-se ao plenário e às galerias repletas de populares, entoou um hino de louvor à alma cidadã:

“O que o povo da Grã-Bretanha quer, esta Casa sempre acaba querendo”…

Acho que é um bom conselho, um conselho que o vereador Dakir Polidoro vivamente recomendaria.

Ordem unida

O que não se deseja para a vida institucional do país – o retorno a um regime autocrático, posto que ditadura só homenageia a injustiça – talvez fosse palatável no que respeita às obras públicas da rodovia do novo aeroporto e seu terminal, em Floripa. Se os Batalhões de Engenharia do Exército assumissem as duas obras, talvez um dia a cidade possa contar com a sua conclusão.

Do jeito que a coisa “não vai”, seu destino parece ser a galeria nacional dos escândalos.

 

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