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Infraero reforça intenção de rescindir e obras do novo terminal só devem ser concluídas em 2016

“Não queremos mais desculpa”. A frase em tom de desabafo partiu de Mario Cezar de Aguiar, presidente da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), nesta quarta-feira (27), em reunião na sede da entidade para discutir as obras de ampliação do aeroporto internacional Hercílio Luz. Com a reiteração por parte da Infraero de que o processo administrativo aberto pela estatal “caminha” para a rescisão contratual com a Espaço Aberto, empresa responsável pela obra, o novo terminal de passageiros do aeroporto não tem data exata para ser concluído.

Em até 30 dias, a rescisão deve ser oficializada. A intenção da Infraero é de que o consórcio composto por uma empresa paulista e outra espanhola, segundo colocado no processo licitatório, assuma a empreitada, cujas obras também não têm data para recomeçar. Diante dos fatos e das cobranças da sociedade, Carlos Alberto de Silva Souza, superintendente da regional Sul da Infraero, afirmou que a estatal já aplicou multas à Espaço Aberto no valor de R$ 500 mil. A obra, prevista inicialmente para ser entregue em meados de 2015, só deve ficar pronta no fim de 2016, informou Souza.

Até lá, com 7,4% da obra do terminal executada, muitos dos equipamentos que irão operar o novo terminal, os quais já foram comprados, estarão ultrapassados e provavelmente terão que ser substituídos, como observou Aguiar. “A compra de equipamentos para operação em uma obra que está com sérios problemas de execução me parece um equívoco, pois quando tivermos enfim a obra concluída e os equipamentos precisarem ser instalados, eles estarão deteriorados ou tecnicamente ultrapassados. Os recursos gastos com isso poderiam ser aplicados em outro lugar”, disse.

As “desculpas” citadas por Aguiar, entretanto, são a tônica das justificativas da Infraero e da construtora Espaço Aberto para os atrasos nas obras de construção do novo terminal de passageiros. O superintendente da regional Sul da Infraero culpou “as amarras burocráticas” a que a estatal “está presa” para a demora em romper o contrato com a Espaço Aberto, em análise de rescisão desde maio. Já o engenheiro Reinaldo Damasceno, diretor técnico da Espaço Aberto, justifica o atraso sob a alegação de que obras anteriores ao trabalho não teriam sido executadas.

(Notícias do Dia Online, 27/08/2014)

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