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Situação de pontes na mira

Os ferros expostos da Ponte Pedro Ivo Campos, somados à corrosão aparente na Ponte Colombo Salles, em Florianópolis, apontam para a urgência da conclusão do estudo contratado pelo Estado no ano passado sobre as condições das estruturas. Prometido para janeiro deste ano, o relatório ainda não foi entregue.

A partir do documento solicitado seriam projetadas as obras de recuperação das pontes. Entretanto, com seis meses de atraso, o consórcio Pontes Sul ainda não entregou o estudo contratado pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra).

Em reportagem da RBS TV, uma das duas empresas participantes da parceria afirmou que o contrato continua em andamento, mas está momentaneamente parado pela necessidade de um novo orçamento para que o levantamento continue. Por isso, o consórcio estaria esperando uma resposta sobre a continuidade ou não dos serviços.

Procurado pela reportagem, o Deinfra afirmou que não falaria sobre a manutenção da estrutura. A assessoria de comunicação do governo do Estado também foi procurada, mas não houve resposta.

Construída na década de 1970, a Ponte Colombo Salles, no sentido Ilha/Continente, tem problemas aparentes de corrosão na estrutura metálica. Ao lado dela, erguida na década de 1990, a Ponte Pedro Ivo Campos apresenta falhas mais visíveis. Há ferros expostos em grande parte da estrutura feita de concreto.

Em uma passarela antes trancada por uma porta com aviso de “proibido entrar”, fica ainda mais aparente que a estrutura não passou por manutenção recentemente. Há lixo espalhado e parte do guarda-corpo não existe mais porque caiu na água. Uma barraca e uma cadeira dão sinais de que há pessoas frequentando o local.

Segundo o engenheiro civil e especialista em pontes Roberto de Oliveira, a situação das estruturas preocupa e sinais como uma rachadura vertical em um dos pilares da Pedro Ivo Campos apontam para a necessidade de uma análise no local, inclusive para a parte submersa da estrutura.

– Teria que ver o projeto da ponte, mas elas são preocupantes. Ninguém em sã consciência pode dizer que aquilo é bom – diz.

As saias, estruturas construídas para protegerem os pilares, também estão cedendo.

(DC, 17/07/2014)

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