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Reitoria da UFSC reabre diálogo com as polícias e intensifica ações de segurança no campus

Desde a intervenção da PF (Polícia Federal), que flagrou estudantes consumindo maconha no campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), no dia 25 de março deste ano, a segurança na comunidade acadêmica tem preocupado gestores e órgãos da segurança pública. O episódio trouxe os estudantes para o debate, e levantou opiniões prós e contrárias à ação policial nos limites da instituição. Nesta semana, a reitora Roselane Neckel voltou a se reunir com as policias Civil e Militar na tentativa de devolver a sensação de segurança de quem estuda, trabalha ou utiliza os serviços universitários.

A UFSC abriga uma comunidade acadêmica de 48 mil pessoas, maior que 72% dos municípios catarinenses. Enquanto a 5ª Delegacia de Polícia da Capital registrou 14 mil boletins de ocorrências desde o início deste ano nos bairros que ficam no entorno da UFSC, dentro dos limites da universidade foram registradas 67 ocorrências, entre elas assaltos, sequestros e diversos registros de perdas de documentos e pertences. “O problema é que as ocorrências aqui ganham outra dimensão, trabalhamos para diminuir esses índices, mas a falta de segurança não é algo exclusivo da UFSC, mas sim da nossa sociedade”, disse a reitora.

No seu terceiro encontro com o comando-geral da Polícia Militar, a reitora discutiu a instalação de uma base policial no local, como foi proposta por parte da comunidade estudantil. No entanto, a proposta da PM foi de intensificar as rondas estratégicas, com mais resultados que as bases fixas. Para a Polícia Civil, a reitora buscou entender o funcionamento da polícia judiciária para acompanhar os inquéritos em andamento.

Preocupação com o entorno da UFSC

Ao passo em que busca aproximação com as instituições estaduais — a UFSC tem jurisdição federal —, a reitora Roselane Neckel afirma que os reflexos devem ser sentidos também nas comunidades do entorno. “Estamos preocupados também com a segurança do entorno, porque isso tudo tem reflexo aqui dentro do campus”, disse.

O diálogo com a Polícia Federal foi retomado no âmbito institucional, já que cabe ao órgão a condução dos inquéritos dos crimes patrimoniais. O episódio ocorrido no dia 25 de março, que resultou no indiciamento de 34 pessoas, entre professores, alunos e membros da comunidade, colocou a reitoria e o superintendente da PF Clyton Xavier em lados opostos. “Prefiro não comentar mais sobre isso, mas diariamente nosso Departamento de Segurança mantém contato com a Polícia Federal”, concluiu Roselane.

Nos últimos dois anos, a universidade tem incrementado a segurança. Neste período foram contratados 54 vigilantes, instaladas 252 câmeras de monitoramento, adquiridos três veículos para segurança e a cartilha de segurança foi distribuída à comunidade, além do lançamento da licitação para aquisição de 450 novas câmeras de monitoramento.

INDICIADOS PELA PF

Por tipo de crimes

Resistência

Sônia Weidner Maluf

Alexandre Niederauer Ramos

Pedro Henrique Mastrangi

Diva Cristiane Nascimento Pereira

Alex Cipriano de Souza

Caio Ramos Dir de Carvalho

Henrique Amador Puel Martins

Wagner Miqueias Felix Damasceno

Dilton Mota Rufino

Gabriela Santetti Celestino

Everton Machado Vasques

Gabriel Nicolodelli da Silva

Fábio Norio Iasunaga

Michelle de Mello

Vitor Rollin Prudêncio

Dano (duas vezes) e resistência

João Victor de Araújo

César Rami Pereira da Cunha Tavares

Lucas de Abreu Borsuk

Kainara Ferreira de Souza

Gabriel Felippi

Dano e resistência

Rosicleia Spiecker da Silva

Vitor Daniel Breda

Matheus Eiji Nogueira Ikezawa

Nichollas Bichuete Munhoz

Diego Ossido Alves

Carl Liwies Cuzung Gakran

Gabriel de Souza Bevacoua Melo

Vinícius Aquino Silva

Vitor de Amorin Gomes Rocho

João Gabriel Cursino Baranov

Dano (duas vezes)

Giovani Baú Alves

Lesão corporal, dano e resistência

Ygor Grigol

Furto, resistência e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Gabriel Fabbro

Resistência e desacato

Paulo Pinheiro Machado

(Notícias do Dia Online, 19/06/2014)

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