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Mercado Público: A meio caminho da reabertura

Esta segunda-feira é um elo das duas etapas da revitalização do Mercado Público de Florianópolis. Pela primeira vez desde o início das obras, o centro de comércio popular que fica no coração da Capital deve permanecer fechado ao público por causa da reforma, com o fechamento da ala sul concluído no sábado, e o início da organização das lojas da ala norte.

A previsão de reabertura da ala norte para hoje se concretiza em parte, já que serão os novos lojistas os ocupantes do corredor recém-envernizado neste primeiro dia de portas abertas. Eles precisam preencher os estoques, enquanto a potencial clientela pode matar a curiosidade sobre o resultado da reforma.

Da prefeitura, saíram 11 dos 77 alvarás necessários para o início das atividades. Porém, mesmo as lojas adiantadas precisam de um prazo maior para abrir. Ontem à tarde, o chão do corredor recebia a última demão de impermeabilizante, o que manteve a parte interna da ala totalmente isolada. Retoques na pintura e adequação da calçada também foram acelerados, enquanto os tapumes eram transferidos para o lado da ala sul, revelando em detalhes a fachada reformada do Mercado.

A perspectiva do poder público é de que os outros 66 boxes abram gradativamente até o fim do mês.

A ala sul foi fechada no sábado e a previsão é de que as obras de revitalização se estendam até dezembro. Sob o céu nublado, bares tradicionais como o do Alvim e o do Box 36-A fizeram os últimos atendimentos depois de mais de cinco décadas. O conhecido cheiro de peixe dividiu o cenário com o aroma de churrasco, preparado excepcionalmente para a despedida dos dois pontos de encontro que deixarão de funcionar no Mercado Público.

Entre os vendedores ambulantes, clientes disputavam espaço no corredor da ala para tentar se sentar em uma das mesas do Box 32, comprar uma tainha ou aproveitar a venda de ponta de estoque de calçados. Do lado de fora, duas rodas de samba embalaram o movimento atípico, enquanto, nas lojas, caixas de papelão iam acumulando o que restou de estoque.

Alguns lojistas atenderão temporariamente em locais alternativos durante os seis meses de obras e outros permanecerão de portas fechadas até dezembro.

O advogado Janir Ricardo Pilar, 39 anos, defendeu a revitalização:

– Esse lugar é um cartão-postal da cidade e merece ter qualidade muito alta.

A reforma da ala sul é a segunda parte do projeto e custou R$ 7 milhões.

(DC 02/06/2014)


Peixarias começam a atender em estandes no Centro Histórico

A alternativa encontrada pela prefeitura de Florianópolis para mais de 200 famílias de pescadores que dependem das peixarias do Mercado Público foi a mudança para o Centro Histórico. A partir de hoje e até dezembro, nove estandes erguidos dentro do Terminal Cidade de Florianópolis agregarão movimento à Rua Antônio Luz. A estrutura foi montada no fim de semana, com câmaras de resfriamento e balcões gelados, como os do próprio Mercado Público. Segundo Everson Mendes, superintendente do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof), a operação envolveu prefeitura, Celesc, Casan e comerciantes. Para evitar mau-cheiro, o esgoto foi canalizado para a rede central e a Comcap deve reforçar a coleta de lixo. Além disso, um caminhão fará a lavação do terminal a cada dois dias.

(DC, 02/06/2014)

mm
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