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Estrangeiros torcem por seus países pela Copa do Mundo em Florianópolis

Mesmo quando o Brasil não entra em campo pela Copa do Mundo, o clima da competição também toma conta da cidade nos bares, hostels e pubs espalhados por Florianópolis. Mas, em vez de torcerem pelo hexa, vibrarem com um sonoro “gol” ou gritarem os nomes dos jogadores brasileiros, outras línguas de diferentes nacionalidades ganham as ruas para torcer por seus países.

Do espanhol ao inglês, do francês ao holandês, o importante é torcer, mesmo que seja para assistir aos jogos somente pela televisão. Os amigos australianos Max Koehler, 25, Joshua Friedmann, 24, e Tristan Morrys, 26, são fãs de futebol e do time da Austrália, mas não conseguiram ingressos para assistir à nenhuma partida ao vivo. Eles decidiram então assistir ao jogo como também fazem na Austrália, em um pub, no The Black Swan Pub, na Lagoa da Conceição, onde estão hospedados em um hostel. Mesmo longe dos gramados ao vivo, a torcida e o incentivo aos jogadores australianos são o mesmo.

“Torço para Austrália, mas também sou Alemanha de coração, pois meu pai é alemão. Viemos até o Brasil para aproveitar as férias e também para participar desse clima bacana de Copa do Mundo, que é muito empolgante”, comenta Max.

A cada lance, a rivalidade entre os times em campo aflora e a torcida vibra em diferentes línguas. Para dar sorte para o time, vale tudo. Supersticiosa, a holandesa Florentina Vedana, 30, escolheu o mesmo pub e a mesma mesa para dar sorte ao time holandês no segundo jogo da primeira fase. A filha recém-nascida, Emília, foi vestida com acessório laranja, a cor do time. E parece ter dado certo: 3 x 2 contra a Austrália na última terça-feira.

“Quando a Holanda joga eu torço para eles, mas torço pelo Brasil nos jogos também. Mas se der uma final Holanda x Brasil, não tenho dúvida que vou torcer pela Holanda”, diz Florentina, que é casada com um brasileiro.

 

 Clima contagia até quem não gosta do jogo

Mesmo quem não gosta de futebol é contagiado pelo clima esportivo que toma conta do país até o fim da Copa do Mundo. A repórter inglesa Gael Stigant, 25, veio para o Brasil para conhecer a América do Sul sem pretensão de acompanhar os jogos, mas tem assistido a muitos embalada pelo clima da cidade.

“A atmosfera de Copa do Mundo aqui no Brasil é muito boa, dá para sentir isso nas músicas, na dança, na hospitalidade do povo brasileiro, na torcida. Aqui é um bom lugar para se estar nessa época”, diz ela, que fez amizade com os australianos e assistiu aos jogos enquanto tomava uma caipirinha.

Os donos de hostels e bares aproveitam a vinda dos estrangeiros e o clima de Copa para proporcionar aos clientes bons lugares para assistir aos jogos. No Backpackers Share House, por exemplo, Letícia Nunes comprou telão, decorou o ambiente e fez comidas especiais para os hóspedes aproveitarem os jogos. O marido dela, o australiano Timothy Collings, não deixa de torcer para seu país, mesmo morando longe. “Não estou muito confiantes na Austrália, se ela não ganhar quero que o Brasil ganhe”, disse ele antes do jogo de terça.

(Notícias do Dia Online, 20/06/2014)

mm
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