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Epidemia de greves no Brasil

(Por Natal Marchi* , DC, 13/06/2014)

É curioso constatar que há um flagrante desrespeito às leis vigentes. Isso é claramente visto por ocasião das paralisações, ao serem consideradas abusivas e/ou ilegais.

Explodem greves em vários pontos. Consequências: alunos sem aula, população a pé, doentes sem atendimento, sociedade desguarnecida etc. A greve é um direito, mas não deve estar acima do bom senso. O ponto de equilíbrio deve ser a grande meta. Nem tudo pode ser do jeito que se quer, porque o meu direito termina onde começa o do outro. As paralisações de atividades nos vários setores do serviço público causam grande desconforto e repulsa da população, pois é ela que paga os salários de quem lida com a coisa pública.

Isso sem falar nos constantes fechamentos de vias urbanas, desrespeito à Carta Magna. É curioso ou talvez extravagante constatar que há um flagrante desrespeito às leis vigentes. Isso é claramente visto por ocasião das greves, ao serem consideradas abusivas e/ou ilegais. As ordens judiciais são desrespeitadas, fragilizando o poder das autoridades.

Partindo do princípio de que ninguém está acima da lei, cabe a todos os cidadãos respeitá-la, sob pena de nos transformarmos numa espécie de terra de ninguém. É lógico que autoridade não rima com autoritarismo e muito menos com violência de quem quer que seja. Mas para evitar que tais distorções ocorram é indispensável que não haja desobediência civil. Nos dias atuais falar em obediência parece que se trata de subserviência. Contudo, estes dois termos não são sinônimos. Obedecer é ter a capacidade de respeitar o que deve ser respeitado; já, subserviência significa estar sujeito à vontade de outrem

Em resumo: toda moeda tem duas faces, mas nenhuma está sujeita a outra. Ou como se fala, conversando a gente se entende. Aí está o caminho para evitar as detestáveis greves. Harmonia total nunca, mesmo porque “cada cabeça é uma sentença”. Contudo, povo civilizado sempre encontra um denominador que solucione as diferenças.

* SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. MORADOR DE RIO DO SUL

 

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