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Julgamento do PGC: Justiça condena 80 pessoas

Um ano e três meses depois da segunda onda de ataques que atingiu Santa Catarina, a Justiça condenou 80 acusados de envolvimento nos atendados de fevereiro de 2013 e novembro de 2012 no Estado. Apenas três dos 83 denunciados pelo Ministério Público foram absolvidos pela 3ª Vara Criminal de Blumenau. Somadas, as penas chegam a pelo menos 1.049 anos. Para todos, entretanto, cabe recurso.

As penas ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC), apontado como responsável pelos ataques, foram publicadas ontem à noite, dois meses depois do processo ser concluído para sentença. Apesar de não ser a primeira condenação dada à facção criminosa, esta é a mais representativa pela atuação da organização criminosa no Estado – o PGC colocou fogo em ônibus e atentou contra prédios públicos. As únicas pessoas absolvidas no processo são as advogadas Fernanda Fleck Freitas e Francine Brüggemann Wagner e uma mulher detida em Navegantes, Marisol Milene Antunes.

A maior condenação dada foi de 19 anos e seis meses, concedida a réus como Gian Carlos Kasminski, o Dexter. Ele é considerado pela Polícia Civil um dos integrantes do 1º Ministério do PGC, ou seja, um dos líderes do grupo. A mesma pena foi dada a Leoncio Joaquim Ramos, o Pingo, e Cláudio Machado Córdova, o Diabo Loiro.

Considerado um dos pivôs da onda de atentados de fevereiro do ano passado, Rodrigo de Oliveira, também conhecido como Rodrigo da Pedra, foi condenado a 17 anos, um mês e seis dias de prisão. A mulher dele, Simone Saturnino, foi condenada a 12 anos, seis meses e 15 dias. Evandro Sérgio Silva, o Nego Evandro, outro líder do PGC, teve pena de 17 anos, sete meses e 15 dias.

Um dos dissidentes do PGC, expulso por divergências com a facção, Rudinei do Prado, o Derru, teve a pena extinta por perdão judicial. A decisão da Justiça foi feita com base na nova lei do crime organizado, que prevê esse benefício em caso de colaboração premiada. A maioria dos condenados terá de cumprir pena em regime fechado, mas alguns deles terão direito ao semiaberto.

A sentença do maior julgamento da história de SC era esperada para o fim do ano passado, mas uma aparente estratégia das defesas e a complexidade do caso atrasaram a publicação.

1.049 anos é o total da soma de todas as condenações dos acusados

(DC, 13/045/2014)

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