A Prefeitura de Florianópolis, através da Secretaria da Pesca e Maricultura e do PROCON, realizou nesta quarta-feira (16) a segunda Operação do DNA do Pescado. Aproveitando a intensa comercialização de pescados durante a Semana Santa, a ação buscou fiscalizar a ocorrência de fraudes e/ou substituições, principalmente, do bacalhau.
Ao todo, foram inspecionados três estabelecimentos comerciais do Mercado Público e três supermercados, nos quais foram coletadas 10 amostras de bacalhau para análise.
A inspeção integra o projeto-piloto inédito no Brasil iniciado pela Prefeitura em janeiro deste ano de identificação de amostras de espécies de pescados pelo código de barras do DNA – também chamada “metodologia Barcode de DNA”.
Agora, a empresa mineira Myleus, de biotecnologia, contratada através de licitação, tem prazo de até 30 dias para entregar o resultado da análise de identificação das amostras coletadas durante a operação. No caso de serem constatadas irregularidades, a Prefeitura vai tomar as providências cabíveis.
Questão de segurança
O secretário adjunto da Pasta, Tiago Frigo, diz que a fiscalização neste período de tradicional procura por bacalhau visa a “dar mais segurança ao consumidor, até mesmo no que diz respeito à questão nutricional, e ao comerciante que trabalha de maneira correta e acaba sendo prejudicado pela competitividade”.
Neste sentido, o PROCON Municipal aproveitou a ação para orientar os comerciantes de que o pescado em exposição para venda deve estar acompanhado de placa informando de que espécie se trata, além do preço.
Afinal, segundo normatização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, somente pode ser denominado bacalhau o produto salgado ou salgado seco elaborado com peixes das espécies Gadus morhua (Bacalhau Cod), Gadus macrocephalus (Bacalhau Pacífico) e Gadus ogac (Bacalhau Groenlândia). Além disso, a rotulagem do produto também deve trazer o nome científico da espécie utilizada.
O Instituto de Metrologia de Santa Catarina (IMETRO/SC) também participou da operação, efetuando a pesagem do pescado fiscalizado.
Metodologia Barcode de DNA
A “metodologia Barcode de DNA” faz, na prática, um comparativo. Ela verifica se determinada amostra de espécie de pescado à venda in natura, porém já manipulado em filé, por exemplo, em um mercado, ou já processado por um restaurante, é a mesma anunciada ao consumidor – levando em conta o banco de dados mundial genético das espécies de peixes.
Desde que o projeto que utiliza a metodologia foi deflagrado em Florianópolis, já foram identificadas três substituições de pescados no comércio. Verificou-se num restaurante que o peixe panga estava sendo vendido como linguado, e, em outro, que o cherne-poveiro estava sendo comercializado como garoupa. Mas também foi encontrado em supermercado polaca do Alasca à venda como congrio rosa.
(Prefeitura de Florianópolis, 16/4/2014)
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