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Secretaria de Saúde da Capital leva vacinação contra HPV para as escolas

O município de Florianópolis iniciou nesta segunda-feira (17) a vacinação de meninas, na faixa de 11 a 13 anos, nos estabelecimentos de ensino da Capital. A vacina contra o papilomavírus humano foi incluída no esquema nacional de vacinação este ano e começou a ser aplicada nos centros de saúde na semana passada. Com o atendimento nas escolas, a Secretaria Municipal de Saúde pretende atingir um número maior de garotas e repassar orientações sobre outros cuidados de saúde importantes para essa faixa etária.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Florianópolis, Ana Cristina Vidor, explica que essa faixa etária não costuma frequentar os centros de saúde, por isso a vacinação nas escolas deve facilitar a divulgação e o acesso. Para que a aluna receba a vacina na escola, um termo de autorização deve ser assinado pelos pais.

“Vamos aproveitar esse contato com as escolas para trabalhar temas importantes como o uso de preservativo, os riscos do tabagismo e do consumo de drogas”, destaca Ana Cristina. Na unidade de saúde, a autorização dos pais não é necessária, somente um documento de identidade e comprovante de residência.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 8,7 mil garotas na faixa etária de 11 a 13 anos em Florianópolis. Somente na rede municipal de ensino, que corresponde a 28 escolas, há 1.839 alunas nessa faixa etária, matriculadas entre o 6º e o 8º ano. O trabalho de divulgação e vacinação nas escolas vai abranger também a rede estadual de ensino e as escolas particulares.

O vírus

O HPV é o vírus causador do câncer de colo de útero, o terceiro tipo de câncer com maior incidência entre as mulheres no Brasil e o quinto em Santa Catarina. A introdução da vacina no calendário básico tem como objetivo diminuir a circulação do vírus no país e, a médio prazo, reduzir o número de mulheres que desenvolveram câncer em decorrência da contaminação pelo vírus. A faixa etária escolhida é a que tem a maior probabilidade de se beneficiar com a vacina, porque antecede o início da vida sexual.

Conforme destaca a gerente de Vigilância Epidemiológica, a vacinação é importante, mas a principal forma de prevenção do câncer de colo de útero continua sendo o exame papanicolau. Esse teste detecta alterações que indicam a existência de lesões, as quais podem se transformar em câncer. “O câncer de colo de útero pode ser facilmente prevenido com o acesso aos serviços básicos de saúde.”

O esquema de vacinação contra o HPV exige três doses. Se a primeira dose for ministrada na escola, a garota precisará procurar um centro de saúde para fazer a segunda dose, no prazo de seis meses. A terceira dose deverá ser aplicada em um intervalo de cinco anos.

(Agência ALESC, 17/03/2014)

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