O projeto Passarela Jardim, que pretende revitalizar toda a área do aterro da baía sul, no Centro da Capital, ganhou mais um parecer favorável e está mais perto da execução. O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovou o projeto e se tudo correr de acordo com o cronograma previsto pelo Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), as obras da praça começam em novembro deste ano.
Segundo o superintendente adjunto do Ipuf, arquiteto e autor do projeto, Cesar Floriano, o trabalho agora está focado no pré-projeto. As obras devem durar três anos, ao custo de R$ 60 milhões, com recursos da Prefeitura e dos governos estadual e federal.
A aprovação do Iphan era necessária porque a área fica no entorno de um bem tombado, o Forte de Santa Bárbara. Toda intervenção no entorno de um bem tombado precisa passar pela análise do Iphan e ter licença, para que nada interfira na exposição do bem. A área de 32 mil metros quadrados compreende o trecho entre o Terminal Urbano Cidade de Florianópolis e a área ao lado do CentroSul.
Conforme o Ipuf, o aterro vai ganhar quadra poliesportiva, área para recreação infantil e áreas para a prática de skate. Toda a praça e a passarela poderão ser transitadas a pé, de bicicleta ou de skate. Além do comércio ao longo de toda a passarela, com praças de alimentação, haverá serviços de apoio e conexão com transporte público.
A passarela, que ligará a área onde funcionava o Direto do Campo até a praça que ficará à beira do mar, terá 200 metros de extensão e seis metros de altura. Essa obra vai substituir a passarela atual, que fica sobre a avenida Gustavo Richard.
O projeto promete dar fim ao problema da realocação dos comerciantes do camelódromo. Eles ficarão distribuídos em boxes na área de comércio da praça. Até a construção deste espaço, os comerciantes permanecem no camelódromo.
Área da União ainda precisa ser liberada
Como a área ainda é de posse da União, a Prefeitura aguarda a autorização de cessão do local para lançar a licitação e dar início às obras. A cessão já foi solicitada no ano passado, mas o pedido ainda está em análise. Por enquanto, a SPU (Secretaria do Patrimônio da União) autorizou cercamento, limpeza e conservação da área. “O processo tem parecer favorável. No momento, está pendente a conclusão da avaliação do imóvel. Isso porque, conforme projeto apresentado, parte da cessão será onerosa por ter exploração comercial”, informou, por nota, a direção da SPU em Brasília.
Primeira etapa vai custar R$ 10 milhões
A obra será dividida em três etapas. A primeira compreende a construção da rampa e a transferência dos comerciantes do camelódromo para a nova área de comércio e deve custar R$ 10 milhões. A segunda trata da construção de toda a praça e ajustes na área onde funcionava o Direto do Campo, assim como a instalação de equipamentos. A terceira e última é a construção dos deques e área junto ao mar ao lado do CentroSul.
De acordo como o cronograma proposto pela equipe de projetos do Ipuf, agora o trabalho está em fase de detalhamento e essa visão mais esmiuçada do projeto deve durar mais quatro meses. Em seguida serão feitos os projetos complementares, hidráulico, elétrico e estrutural. O projeto final deve ficar pronto em agosto e a expectativa é que a marcação e início das obras aconteça em novembro. “Esse projeto recupera a história da cidade, a relação como mar e dá início a recuperação do aterro. Optamos em fazer projeto realista, viável, que não trará tumulto á cidade. Não vai mexer nas vias nem atrapalhar o trânsito, é um presente para a cidade”, afirmou Cesar Floriano.
Confira um vídeo que mostra como ficaria o projeto:
( Notícias do Dia, 10/02/2014)
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