Sexto destino mais procurado no país durante a folia, o Estado deve receber 180 mil pessoas de 28 de fevereiro a 5 de março, de acordo com o Ministério do Turismo. Com a demanda aquecida, passagens desde São Paulo ultrapassam R$ 2 mil
Santa Catarina é o sexto Estado mais procurado para o Carnaval deste ano segundo o Ministério do Turismo. No ranking das passagens mais caras fica com a terceira posição entre os principais destinos nos dias de folia. O Diário Catarinense pesquisou os preços nas quatro companhias que têm voos para Florianópolis com saída dos aeroportos de Congonhas, Viracopos e Guarulhos, em São Paulo, entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março e verificou os valores altos.
O preço médio das tarifas mais baratas (ida e volta) é de R$ 1.965,02, quase o dobro do que o custo para viajar de São Paulo ao Rio de Janeiro, o destino mais procurado do país, que deve receber 1,2 milhão de turistas no período.
Pelo ar, as viagens à Ilha só estão mais baratas do que Salvador (R$ 2.268,02) e Recife (R$ 2.118,99). Está mais barato viajar da capital paulista para Santiago, no Chile, do que para Florianópolis – uma passagem para lá pode sair por cerca de R$ 1,7 mil no período. E com mais R$ 1,3 mil, viaja-se para Londres com a TAM. Se viajar em datas alternativas, os preços caem até 81% na rota São Paulo-Florianópolis.
Aumento da demanda faz os preços dispararem
As empresas justificam os preços nas alturas com o aumento da demanda. Para a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirma que a oferta de assentos de São Paulo a Florianópolis é proporcionalmente menor do que de São Paulo ao Rio, por exemplo.
A TAM, que tem a tarifa mais cara entre as quatro companhias, informou que estimula o cliente a programar viagens com a antecedência mínima de 30 dias. Já a GOL afirmou que a precificação é dinâmica: quanto mais próxima a data da viagem e quanto maior a ocupação de voo, maior será o valor. A Azul diz que há diferença porque cada rota é um produto com mercado e horários diferentes. A Avianca não respondeu à reportagem.
Conforme o Ministério do Turismo, 180 mil turistas devem vir para Santa Catarina no feriado. O secretário de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, Valdir Walendowski, afirma que a alta das passagens já era esperada, apesar de as companhias terem pedidos voos extras à Infraero em número superior ao ano passado.
(DC,11/02/2014)
Apesar da previsão do Ministério do Turismo de que o feriado irá atrair 180 mil pessoas para SC, só a prefeitura de Florianópolis trabalha com números mais volumosos. O Carnaval de 2013 registrou um público de 547 mil pessoas, de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo.
Para este ano, apesar do receio de que problemas enfrentados no Réveillon, como a falta de luz e de água, voltem a acontecer no Carnaval em Florianópolis, a opinião de entidades do setor do turismo é de que o pior já passou.
– Eu não acredito que no Carnaval vá faltar água ou luz. O que deve ocorrer é atrair um público mais específico. Devemos ter uma queda em relação ao ano passado – diz Tarcísio Schmitt, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Florianópolis (SHRBS).
Como o feriado não cairá em fevereiro, durante o período em que as famílias ainda aproveitam as férias de verão, deve haver retração. Em março, a vinda dos turistas do Carnaval não coincidirá com a presença dos veranistas, como ocorre quando a festa é em fevereiro.
Isso evitará que a infraestrutura fique sobrecarregada. Por conta do calendário, na avaliação de Schmitt, a ocupação hoteleira nas praias, que já caiu em janeiro, deve cair também em fevereiro. Por outro lado, pode haver uma alta em março.
– Todo mundo já sabe que o Carnaval vai cair naquele período um ano antes. Quem gosta realmente vem – acredita o diretor de marketing da Santur, Haroldo de Oliveira.
Oliveira não acredita que a atração de turistas para o evento será prejudicada pelo calendário fora das férias de verão. E alerta que, nesta véspera do Carnaval, cabe a todos envolvidos – hotéis, governo e entidades – se prepararem para dar estrutura adequada aos visitantes.
Já a prefeitura de Florianópolis está otimista com a volta dos desfile. De acordo com a secretária municipal de Turismo, Maria Cláudia Evangelista, apenas na passarela serão 18 mil pessoas na arquibancada e 20 mil envolvidas com as atividades das escolas de samba.
(DC, 11/02/2014)
Carnaval: Queda nas praias, alta no Centro
Era, e ainda é, esperada uma temporada recorde para esta época do ano em Florianópolis. Mas uma pesquisa realizada pelo Sindicato de Hotéis de Florianópolis mostrou um descompasso entre expectativa e realidade. Em janeiro, a ocupação da rede hoteleira nas praias de Florianópolis ficou em 79,2% – uma queda de 5,8% em relação às vagas ocupadas em janeiro de 2013.
A diminuição contrasta com os números apresentados pelos hotéis do Centro da cidade, do continente e os de águas termais da região. De modo geral, a ocupação total ficou em 79,3%. Mais do que os 77,3% obtidos no mesmo mês em 2013. Teve mais gente buscando os hotéis da Grande Florianópolis, mas menos pessoas buscando os que estão localizados nas praias, principal atração turística da região há anos.
O presidente do sindicato dos hotéis da região, Tarcísio Schmitt, atribui a queda a dois fatores. O primeiro é a repercussão da falta de água e de luz que levou parte dos turistas a cancelar a viagem.
O segundo tem a ver com a crise na Argentina. A desvalorização do peso argentino levou parte dos turistas a desistir de gastar em solo brasileiro. A instabilidade do vizinho refletiu nas taxas de ocupação das praias de Florianópolis. A expectativa de aumento na movimentação se confirmou, no entanto, na ocupação da rede hoteleira do Centro da cidade e do continente, com aumentos de 2,6% e 11,3%, respectivamente. Os turistas não teriam cancelado a vinda porque essas foram áreas pouco afetadas pelos problemas nos serviços públicos.
A grande surpresa, de acordo com Schmitt, ficou por conta da ocupação dos hotéis de águas termais. Houve um salto de 28,9% no número de quartos ocupados nesse setor hoteleiro em comparação com 2013. O presidente acredita que isso acabou fazendo a diferença para o setor sustentar a ocupação em patamares mais altos.
( DC, 11/02/2014)
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