Uma denúncia do Ministério Público de Santa Cataria (MPSC) aponta que todas as estações de tratamento de esgoto da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), em Florianópolis, operam sem licenciamento ambiental. A Ação Civil Pública pede que a Justiça estabeleça exigências para regularizar o problema. A informação foi divulgada com exclusividade pelo Jornal do Almoço desta quarta-feira (15). (Veja o vídeo).
O documento de 115 páginas foi enviado à Vara da Fazenda Pública de Florianópolis. Ele cita a Prefeitura, o Governo de Santa Catarina, a Casan, Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina (Agesan) e Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). Todos os órgãos são cobrados a implementar ações para regularizar a situação.
No texto, o MPSC cita que foram identificadas “falhas na gestão, fiscalização e controle do sistema de coleta e tratamento de esgotos sanitários da cidade de Florianópolis. Há emissão de esgoto fora dos parâmetros legais e normativos em rios, lagoas, no mar e até mesmo risco de contaminação em aquíferos”.
A Ação Civil Pública afirma que todas as estações de Florianópolis operam sem licença ambiental de operação. “Em duas estações, o esgoto é lançado dentro dos limites de unidades de conservação. Todas as estações comprovadamente já emitiram esgoto fora dos parâmetros legais na região da Grande Florianópolis”, destaca a denúncia do MPSC.
Segundo o texto, algumas ETAs lançaram irregularmente até quase 50% do efluente no mar. “Sempre com altíssima concentração de coliformes fecais”. O MPSC destaca que a Casan descumpriu obrigações contratuais. Além disso, ressalta que o dinheiro arrecadado com a tarifa de esgoto da capital não é investido integralmente em benfeitorias nesta área. A denúncia também afirma que não há plano de emergência para as estações de tratamento. Em um trecho do documento, a promotoria afirmou que funcionários não qualificados atuam no controle das estações de tratamento.
Exigências
O MPSC fez várias solicitações para que a Justiça cobre os órgãos citados. À Fatma, ele pede que a fundação use seu poder de polícia para que a Casan cumpra as exigências da concessão e renovação da licença de operação. Em descumprimento, é estabelecida multa de R$ 10 mil por dia. A Fatma afirmou à RBS TV que o documento do MPSC foi produzido com base nos laudos da fundação, que segue fazendo vistorias.
Para a Casan, o Ministério Público sugere prazo de dois meses para que sejam feitas todas as melhorias solicitadas. Em caso de descumprimento, a multa diária sugerida na Ação civil Pública é de R$ 100 mil. Além disso, todos os valores arrecadados para o serviço na capital devem ser revertidos ao município. A Casan também tem 15 dias para comprovar que possui operadores qualificados e capacitados. Em nota, a Casan afirmou que não irá se pronunciar antes de ser intimada oficialmente.
O MPSC quer que a Agesan instaure um procedimento para investigar todas as irregularidades, assim como o teor do contrato de concessão firmado entre a Prefeitura de Florianópolis e a Casan. Já o Governo municipal deve implementar um plano municipal de saneamento básico. Caso as exigências feitas à concessionária não sejam cumpridas, o MPSC pede à Justiça que exija do Poder Executivo de Florianópolis a suspensão do contrato.
Em nota, a Prefeitura afirmou que foi aprovado em novembro de 2013 um plano municipal integrado de saneamento básico. A entidade garantiu que acompanha, junto à Casan, a implementação das ações e metas estabelecidas pelo documento do MPSC.
A Casan também enviou uma nota dizendo que ainda não recebeu oficialmente nenhum documento e que por isso não vai se manifestar. A Fatma informou que o documento do Ministério Público foi feito com base nos laudos da fundação e que segue fazendo vistorias em todas as estações de tratamento de Florianópolis. A Agesan não atendeu e nem retornou as ligações da RBS TV.
(G1 – 15/01/2014)
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