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Famílias querem reforma agrária no Norte da Ilha

Na entrada da ocupação às margens da SC-401, na Vargem Pequena, em Florianópolis uma bandeira do Brasil diferente recepciona os visitantes. Ao invés de Ordem e Progresso está escrito “terra, trabalho e teto”. Esta é a reivindicação dos invasores do terreno no Norte da Ilha – a coordenação do grupo informa que são mil, já a Polícia Militar diz que são cerca de 250 pessoas – que pretendem conquistar a posse da terra. Nas palavras de um dos coordenadores, o estudante de Agronomia Fábio Coimbra Ferraz, é “fazer reforma agrária no meio da cidade”.

O início do movimento foi na madrugada do dia 15 para o dia 16 de dezembro do ano passado com cerca de 60 famílias. Ferraz não informa como se reuniu tanta gente:

– Não vamos revelar nossas táticas – diz o estudante de Agronomia.

Depois da invasão, mais pessoas chegaram, apesar do alerta do comandante do 21o Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Sílvio Ribeiro, que foi ao local avisar que eles estavam cometendo um crime: a invasão de uma propriedade privada.

Valor do aluguel teria levado pessoas a ocupar a área

Rui Fernando, outro membro da coordenação, conta que as pessoas que estão ali estão revoltadas com o preço dos aluguéis na cidade.

– Os trabalhadores não conseguem pagar o aluguel. Em Florianópolis são quase 15 mil famílias cadastradas (informação confirmada pela Secretaria de Habitação de Florianópolis) esperando por moradia – disse Fernando.

O motorista de ônibus Jorge Martins chegou há cerca de um mês. Ele está afastado do trabalho por problemas de saúde.

– Eu ganho R$ 1.023 de salário e pagava R$ 800 de aluguel por uma quitinete para morar com meus seis filhos. Vim porque acho que aqui também é um bom lugar para eles, onde vão aprender sobre a terra, vamos conseguir os alimentos da lavoura – disse. Martins

Segundo Ferraz, não existe entidade por trás da ocupação, apesar do apoio de movimentos sindicais e de professores universitários.

(Diário Catarinense, 21/01/2014)

mm
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