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Ambulantes sem alvarás prejudicam comerciantes nas praias da capital

[Por G1 , 23/01/2014]

A concorrência com os ambulantes não registrados prejudica os vendedores que se inscreveram na prefeitura para atuar nas praias da capital, segundo a Associação Comercial Industrial de Florianópolis (Acif). No trabalho da fiscalização atuam 12 fiscais. A Secretaria de Serviços Públicos do município não tem previsão para esta temporada de aumentar esse número, como informou reportagem do RBS Notícias desta quinta (23).

Para a Acif, devido ao número de ambulantes que não possuem alvará da prefeitura e atuam nas praias, algumas lojas tiveram queda no faturamento. “A situação está muito preocupante. Já acarretou até o fechamento de alguns comércios no Norte da Ilha”, afirmou o presidente da entidade, Juarez Andrade.

A Associação diz que só na Praia de Canasvieiras são pelo menos 100 vendedores ambulantes que atuam sem alvará. “A fiscalização é feita de forma esporádica. Ela tem que ser feita de forma permanente e eficiente”, argumentou o presidente. Para fazer o trabalho de fiscalização, há 12 profissionais.

“Temos a previsão de contratação de 30 auxiliares de fiscalização. Por questões financeiras, nós não podemos contratar. Estamos preparando concurso para o ano que vem para uma admissão mínima de dez. O ideal seria nós termos 50 fiscais. Vamos contar com 20, que vai ajudar muito”, explicou o secretário de Serviços Públicos de Florianópolis, Acácio Garibaldi.

Mesmo perdendo a mercadoria em algumas fiscalizações, Marcos Souza, natural do Sergipe, vende queijo na praia há seis anos sem alvará da prefeitura. “Se não existirmos para fazer isso para os turistas, não vai existir turista. Ele vem por isso, porque tem uma caipirinha, um queijinho, uma castanha, um choripán, uma roupa para comprar, um chapeuzinho, um óculos. Tudo isso o turista quer ali na mesa para ele poder comprar ali. Não sair daqui para ir lá no Centro”, afirmou o vendedor.

Nesta temporada, são 850 ambulantes cadastrados e com autorização da prefeitura para atuar nas praias. Selma de Souza é uma delas e reclamou da concorrência com os não registrados: “prejudica a venda. A gente paga, faz cursinho, paga inscrição, faz muitas coisas. E vem um ambulante aqui, vende e não paga nada, vai embora com o dinheiro”.

 

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