O modelo que enaltece Santa Catarina

Artigo de Sebastião Salésio Herdt, Reitor da Unisul (DC, 07/12/2013)
Santa Catarina é uma referência em desenvolvimento social e econômico por ser a menor porção territorial do Brasil apenas 1% com os melhores índices de desenvolvimento. A presidente Dilma Rousseff destacou uma das razões da performance catarinense ao lembrar que enquanto o Brasil investia em suas capitais, o nosso Estado interiorizava o seu ensino superior.
A desconcentração e diversificação do modelo de desenvolvimento decorreram justamente da presença de recursos humanos qualificados, pesquisas científicas e tecnológicas, serviços de extensão universitária e do espírito empreendedor nas microrregiões. Cursos de medicina, engenharias, administração, direito, comunicação, design, gastronomia, veterinária, agronomia, enfermagem, licenciaturas e dezenas de outros estão espalhados em todas as regiões, criados por suas comunidades e pelas prefeituras de suas cidades. São instituições comunitárias, portanto públicas, com gestão privada que ajudaram a planejar, desenvolver e a estruturar o crescimento social e econômico de suas regiões. Florianópolis, por exemplo, também foi beneficiada porque se não houvesse a interiorização do ensino estaria com mais habitantes e quem sabe acelerando a migração e a inchação urbana. Temos a única capital que não concentra a maior população do seu Estado.
Assim como o Fórum Parlamentar Catarinense e outros gestores, o governador Raimundo Colombo abraçou e valorizou este modelo participando das ações que culminaram com a lei que reconhece as universidades comunitárias, hoje integradas na Acafe. E não dúvida de que as instituições continuarão a fomentar e a inovar o padrão de qualidade de vida, integradas aos esforços de SC de energizar o modelo, com infraestruturas que estimulem o crescimento sustentável, com inovação e empreendedorismo.