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Florianópolis é modelo em inclusão

Há quase 20 anos Florianópolis saiu na frente e começou a inserir os alunos com deficiência na rede regular de ensino. Com o passar do tempo, o método foi sendo aprimorado. Hoje 473 estudantes frequentam a escola regular e recebem o atendimento especializado em salas multimeios no contraturno.
São 22 polos, com professores formados em educação especial que mantêm diálogo constante com o educador da sala regular. Os materiais também são adaptados previamente. Nos casos em que o estudante necessita de auxílio para locomoção, alimentação e higiene, um auxiliar é escalado.
Um bom exemplo está na turma da 5a série da Escola Municipal Anísio Teixeira, na Costeira, em Florianópolis. O estudante Rudson Adriano Espindola Filho, 11 anos, é um aluno como qualquer outro. Usa o uniforme, realiza as atividades cotidianas, brinca com os colegas, faz bagunça no recreio e aprende diariamente. A síndrome de Down é apenas mais uma característica do menino extrovertido, que não o impede de estar incluído na escola regular, um direito de todas as crianças.
A mãe do garoto, Débora Rodrigues da Costa, acredita que o fato de Rudson frequentar a escola regular e participar de atividades na Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (Apae) ajuda no seu desenvolvimento.
– Vejo que a escola também está aprendendo com ele. O Rudson gosta muito de estudar, mostra os cadernos, brinca com os colegas. Tive problemas em outras escolas e algumas creches, mas nessa ele está indo muito bem.
A especialista em educação de pessoas com deficiência mental da Unicamp/SP Maria Teresa Mantoan defende que não existe modelo ideal, mas um modelo inclusivo que tenha como característica o respeito ao direito à educação na escola comum, com atendimento adequado. Ela salienta que é inaceitável uma escola, pública ou particular, dizer que não está preparada para receber alunos especiais.
(DC, 23/11/2013)

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