A UFSC de Joinville vai realizar o maior congresso de engenharias da mobilidade do país, entre 14 e 18 de outubro, na Expoville, em Joinville. O 1º Congresso Nacional das Engenharias da Mobilidade (Conemb) é voltado a estudantes, profissionais, gestores e especialistas do assunto.
O evento será um espaço para discussão de tecnologias e planejamento em diversas áreas, de carros a aviões, de navios a trens, passando também por controle de tráfego e logística de transporte, temas para lá de atuais diante dos congestionamentos e gargalos viários que travam o país.
A programação tem mais de 40 palestras confirmadas até o momento, devendo passar de 60 até o evento, além de workshops, oficinas e minicursos, de acordo com a UFSC. Parte delas é paga e requer inscrição, que varia de R$ 60 a R$ 90. Mas há também atrações gratuitas para o público geral, como competições de robôs, feira de mobilidade (exposição de empresas do ramo) e palestras educativas.
De acordo com a organização, feita por estudantes da UFSC com apoio da direção do campus de Joinville, são mais de dois mil inscritos de todo o Brasil até o momento.
No rol das palestras principais, três são motivacionais e reúnem nomes convidados para dar brilho ao evento. O norte-americano Oliver Kuttner, da X-Prize Fundation, que incentiva projetos como a construção do carro mais eficiente do planeta, vai falar sobre a iniciativa.
O astronauta brasileiro Marcos Pontes irá tratar dos desafios da atividade e da área aeroespacial. O navegador Amyr Klink, conhecido pelos livros em que narra a travessia do Oceano Atlântico a remo e uma navegação solitária à Antártida, em barcos projetados por ele, é outra estrela do congresso.
Nas palestras técnicas, os destaques são apresentações do Ministério dos Transportes e da Valec, estatal que comanda as obras ferroviárias no país. O coordenador-geral de planejamento do ministério, Luiz Carlos Ribeiro, tratará do Plano Nacional de Logística de Transportes. Bento José de Lima, diretor de operações da Valec, irá falar do novo modelo de concessões ferroviárias no país. A lista tem ainda apresentações que vão das obras de mobilidade da Copa 2014 à propulsão de foguetes e carros inteligentes.
(DC, 09/10/2013)
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A Mobilidade urbana sob a ótica das engenharias, evento a ser realizado em Joinville pela UFSC local deveria se focar e esclarecer bem as suas verdadeiras e reais potencialidades, bem como das suas limitações conceituais; no caso da nossa UFSC, os cursos que lá se desenvolvem se relacionam a buscar “soluções meios”, muito relevantes, como, por exemplo, buscar veículos ou modais (meios de transportes) mais adequados. Isto, vamos chamar de foco da UFSC-Mobilidade/Joinville. No entanto, o que o programa não é: desenho e propostas urbanas. Aí que deveria esclarecer a sociedade ao se anunciar como a “salvação” das cidades: o verdadeiro problema das cidades não é somente, muito pelo contrário, a características dos meios de locomoção. O verdadeiro e mais aprofundado problema é a causa e não o efeito de todos os males: o péssimo desenho urbano, motivado pela ausência de técnica do planejamento urbano. Não é o caso de Joinville onde temos uma prefeitura e um IPPUJ de primeira linha. No entanto, ambos os órgãos herdaram um legado confuso de Plano Urbano (que, na década de 1970, jogou o trabalho para um lado e a moradia para o outro–bem simplificadamente) que agora tentam concertar. Voltando ao evento, trata-se de mais uma ação de arranjar os remédios sem diagnosticar a doença, ou tratar os efeitos, sem descobrir a causa. Não deixa de ser meritório, mas a bem da ciência e tecnologia, vamos deixar bem claro.