“As bicicletas elétricas são o transporte do futuro”. Essa é a opinião do ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, ao participar, na última sexta-feira, do evento Ideias para quem Decide – Planejamento Urbano Eficiente, em Palhoça, Santa Catarina. Atualmente, Bogotá conta com 376 quilômetros de ciclovias e pretende ampliar em mais 145 quilômetros nos próximos anos. A cidade é considerada referência por ter dado preferência ao transporte público e alternativos, como as e-bikes, em detrimento aos carros.
Enrique Peñalosa incentiva as e-bikes como política de transporte. Foto: Ana Stier
Durante o evento, o ex-prefeito de Bogotá defendeu a mudança na visão de transporte urbano pelos gestores brasileiros. Segundo Peñalosa, a mobilidade urbana se relaciona ao incentivo ao transporte público e ao uso das bicicletas e e-bikes, restringindo a atuação dos carros nas ruas. O ex-prefeito é conhecido pela posição crítica a respeito dos automóveis, apoiando medidas radicais, como pedágio urbano e aumento do custo dos combustíveis para forçar a mudança de modal de transporte pela população.
Para deixar o carro de lado, Peñalosa considera a bike elétrica como uma revolução. “Ela permite percorrer grandes distâncias, com muitas subidas, em pouco tempo e sem muito esforço físico, o que permite o uso de pessoas sem condições físicas adequadas”, explica. Além dos benefícios ambientais, pela redução da poluição, ele alega que as e-bikes são um trampolim para o aumento da qualidade de vida. “Imagine-se pedalando, ouvindo a sua música predileta, sem se esforçar em uma subida. É uma combinação perfeita”, diz.
Roberto Stier, empresário e proprietário da E-leeze, ressalta que a posição de Peñalosa vai ao encontro da defendida pela marca, pioneira no mercado de bikes elétricas premium no país. “Tenho certeza de que as bikes elétricas são uma opção para viável de transporte. Mais do que isso, tornam-se um marco no aumento da qualidade de vida das pessoas”, diz.
Peñalosa, prefeito de Bogotá entre 1998 e 2001, foi um dos responsáveis pela mudança da política de transportes da cidade, apoiando a construção de faixas exclusivas para bicicletas e de um sistema de ônibus baseado em canaletas, seguindo o exemplo de Curitiba. Além dos 376 quilômetros de ciclovias, aos domingos e feriados, a prefeitura fecha 121 quilômetros das principais avenidas da cidade exclusivamente para pedestres e ciclistas, em um programa pioneiro na América do Sul.
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CentralPress, 09/10/2013)