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19/06/2013
O futuro de Floripa: legitimidade e participação para a construção de uma cidade melhor
19/06/2013

Por Moacir Pereira (DC, 19/06/2013)
A reação ao reajuste das tarifas do transporte coletivo em São Paulo espalhou-se como rastilho de pólvora pelas principais capitais do país e agora avança pelas cidades de Santa Catarina. Já são mais de 35 os municípios que programaram manifestações para esta quinta-feira aqui no Estado.
Os políticos estão surpresos. Os parlamentares não encontram explicações. Afinal, a insatisfação foi para as ruas com vários protestos.
O transporte coletivo, contudo, é o alvo principal e o que vem justificando críticas contundentes contra a corrupção, crise na saúde, na educação, violência.
O problema está na representação política. A população cansou-se de ver nas campanhas eleitorais os candidatos entrando em ônibus para criticar as condições, condenar os preços das passagens e, a partir daí, um rol de promessas de melhoria. Os vitoriosos assumem e nunca mais voltam ao busão. Perdem até o contato e passam a ignorar os dramas dos milhares de usuários.
Uma pesquisa que se realizasse com vereadores, prefeitos, deputados, secretários de Estado iria revelar dados surpreendentes. Bastaria uma pergunta: “Qual foi a última vez que o senhor andou de ônibus? “. A resposta é conhecida.
A saúde pública vai mal. Pois os agentes públicos de diferentes setores têm sistema próprio de assistência médico-hospitalar ou contam com eficientes planos de saúde. Muitos nunca entraram num hospital público.
Se os filhos estudassem nas escolas públicas teriam bons temas para muitos pronunciamentos e projetos.
Quem não anda de ônibus não sabe quanto custa uma passagem, ignora o tempo que se perde e desconhece o sofrimento diário da penosa travessia.
Políticos andam de ônibus nas campanhas eleitorais, mas depois esquecem o assunto.

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