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Marinha estuda projeto para instalar centro cultural no Forte Santa Bárbara, no Centro

Os planos da Marinha de instalar no Forte de Santa Bárbara, desocupado pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes em abril, um museu naval estão confirmados. O projeto do centro cultural já está sendo avaliado pelo DPHDM (Departamento de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha), que administra as unidades culturais da instituição militar. A Capitania dos Portos de Santa Catarina, que já teve sede no Forte, espera que a resposta venha até julho, quando poderá iniciar os processos para instalação do museu.

O assessor de inteligência da Capitania Comandante Marco Aurélio Vaz Costa, Capitão-de-Mar-e-Guerra, está há dois anos à frente do Grupo de Trabalho responsável pela implantação do museu no Forte. Ele explica que a decisão de reaver o imóvel cedido à prefeitura por um convênio renovado em 2005 veio por medida da SPU (Secretaria do Patrimônio da União), que definiu que a própria Marinha deveria ocupar o imóvel ou retorná-lo à União. Por isso a ideia de criar um espaço cultural.

“Na região Sul não existe um museu naval. Este será o primeiro”, explica o comandante. Representantes do DPHDM estiveram no imóvel e fizeram uma inspeção para avaliar o que pode ser feito ali. Chegaram à conclusão de que pode ser instalado um centro cultural com exposição permanente, salas para exposições temporárias, espaço para eventos como lançamentos de livros e apresentações teatrais, auditório e biblioteca. Como a Capitania dos Portos, cuja jurisdição inclui o Forte, não tem expertise na área, o DPHDM determinou que deveria ser contratada uma empresa para administrar o centro.

Uma entidade já se propôs a fazê-lo, e é esse projeto que corre agora na DPHDM. Paralelamente, a AGU (Advocacia-Geral da União) avalia se será necessária uma licitação ou se haverá dispensa, já que o trabalho solicitado é bastante específico. O convênio que será firmado com a Marinha determina que a empresa conveniada deverá arcar com a reforma do espaço, constituir o acervo e também oferecer capacitação aos militares que irão trabalhar no museu.

Integração na rede cultural da Marinha

A Marinha hoje tem museus em diferentes regiões do Brasil, com destaque para o Espaço Cultural da Marinha no Rio de Janeiro, que oferece passeios para a Ilha Fiscal, e o Museu Náutico da Bahia, no Farol da Barra, em Salvador. Além das atrações permanentes, que envolvem a visitação das construções e de embarcações históricas, esses espaços recebem exposições temporárias organizadas pelo DPHDM. Um exemplo é a exposição “Azul da Cor do Mar”, com visitação no Rio até julho, que mostra os recursos do fundo do mar e aborda a importância da sua preservação, explicando o conceito de “Amazônia Azul” — uma área marítima maior que a floresta amazônica rica em recursos como o pré-sal.

Esse é um exemplo de exposição que pode ser trazida à cidade quando o museu no Forte Santa Bárbara estiver pronto. Para que o espaço não se limite só aos temas do mar, que será o centro da exposição permanente, junto à história da Marinha Brasileira e sua participação em eventos militares mundiais, o museu terá uma parceria com a Fundação Franklin Cascaes, que ajudará a diversificar as atividades culturais do espaço.

(ND, 13/05/2013)

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