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Livro sobre biodiversidade catarinense é ferramenta para professores da rede pública

Professores do ensino fundamental de Santa Catarina devem ganhar, ainda neste semestre, uma fonte atualizada de informações, com aprofundamento científico, sobre a fauna e a flora do Estado. Fruto de um trabalho de mais de três anos, coordenado pelos professores doutores Lúcia Sevegnani e Edson Schroeder, do Mestrado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática, o livro “Biodiversidade catarinense: características, potencialidades e ameaças” já está em fasede revisão,  e deve ser impresso em maio. Oito mil cópias serão distribuídas gratuitamente para escolas da rede pública, para uso de docentes como material de referência.

Organizado em nove capítulos e 250 páginas, com muitas fotografias e ilustrações, o livro conta com a colaboração de diversos especialistas e aponta, além das ameaças aos ecossistemas catarinenses, as suas potencialidades econômicas, sociais e didáticas. A linguagem é voltada ao professor, para aplicação em aulas de Ciências, Biologia, Geografia, e traz detalhes sobre espécies e populações, cadeias alimentares e outras informações.

O território estadual foi dividido em três grandes vertentes: Atlântica (esta incluindo o Vale do Itajaí), Planalto e Oeste. “Queremos preencher uma lacuna. O material didático sobre a biodiversidade catarinense é, de maneira geral, muito superficial e vago. Com este livro, pretendemos melhorar muito o repertório dos professores sobre essa temática”, argumenta Schroeder. Especialista em Ensino de Ciências, o professor acredita que tal conhecimento é vital para formar cidadãos capazes de compreender e atuar nas questões associadas ao meio ambiente e aos impactos causados pelo ação do homem.

Encantamento

Em uma sociedade cada vez mais urbana, o livro incentiva a reconexão de professores e estudantes com a natureza que circunda as cidades. “Temos cada vez menos contato com a nossa realidade ambiental. Observamos a paisagem natural como um mero manto verde, sem pensar em sua extrema importância para nossa qualidade de vida. O livro tentar trazer de volta este encantamento com a natureza local”, explica a professora Lúcia Sevegnani, que logo no início do livro escreve um artigo em que pede que as escolas voltem a abrir seus portões, tirem os alunos de um “estado de confinamento” e levem-nos para visitar parques nacionais, sítios, museus e universidades. “Pais, permitam que seus filhos saiam, há mais perigos dentro de uma casa com a Internet que num passeio pela floresta”, provoca a professora.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), o livro também estará disponível na Internet, gratuitamente, em versão PDF. O projeto de pesquisa contempla também cursos de capacitação para os professores das escolas que receberão a publicação.

(Fapesc, 09/04/2013)

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