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(Por Sergio da Costa Ramos DC, 19/03/2013)

A sempre inovadora Editora da UFSC inaugurou ontem sua 10ª Feira do Livro, desta vez dentro do Centro de Convivência, no caminho dos alunos para a sala de aula. Haveria lugar melhor? Sob a bênção do patrono Franklin Cascaes e uma homenagem a Jair Francisco Hamms, a feira valoriza o autor catarinense e oferece 600 títulos e 6 mil livros de seu catálogo com descontos de até 70%. Junta os dois ingredientes que podem redimir o livro no Brasil: preço e ponto de venda popular.

O livro como o conhecemos – um caderno organizado de páginas de papel, empilhadas de forma sucessiva e crescente, em folhas obedientes ao tato – é um artefato de meados do século 15, balizado pela Bíblia de Gutenberg, impressa na cidade de Mainz, em 1450. Estará completando, portanto, 563 anos de vida e sorte.

No Brasil, o livro só foi conhecer uma biblioteca digna desse nome com a chegada da família real portuguesa, fugida de Napoleão, em 1808. Na verdade, a Biblioteca do Rei só chegou ao Brasil dois anos depois, em janeiro de 1810.

Livro, aliás, não era com dom João VI. A não ser, quem sabe, um sobre receitas culinárias. Ou um manual sobre a boa mastigação, de sorte que a asa de galinha não lhe fosse bloquear a epiglote. O popular “descer pelo goto”…

Não se pode, porém, ignorar a circunstância de que o livro ganhou um novo status no Brasil elevado à categoria de Reino Unido. Organizou-se a Biblioteca Real e o Gabinete Português de Leitura, os exemplares que enriqueciam as prateleiras à beira-Tejo singraram o Atlântico e vieram ilustrar as estantes pouco arejadas (e úmidas) dos trópicos.

Com 203 anos de vida no Brasil, muito desleixo e alguma sorte, o livro chega até os nossos dias experimentando programas culturais de incentivo, nada tão significativo que pudesse aliviar o próprio livro como “objeto gerador de impostos”. Num país de insaciável apetite fiscal, um livro e seu processo industrial ainda pagam todos os impostos de um emaranhado buquê, no qual espinham os indefectíveis ICMS, IPI, ISS e outras aletrias tributárias.

Se governos famintos pelas “derramas” isentassem os livros de boa parte dessa carga, seríamos uma nação muito melhor, muito mais educada, para que se consumasse a receita de Monteiro Lobato:

– Um país se faz com homens, ideias, livros e bibliotecas.

E feiras de qualidade como a da Edufsc, casa que bem ilustra a longevidade do livro de Gutenberg, de papel cheiroso, vida longa em meio ao reinado dos megabytes.

Burro antigo

Pioneiro da Aéropostale, Antoine de Saint-Exupéry confinava-se ao Campeche em suas escalas para Buenos Aires. Estradinha do Sul da Ilha não passava de uma picada em 1929. Mais de meio século depois, em 1980, as lombadas da Costeira assustaram a segurança do papa João Paulo II. A cultura do “caminhozinho” parece enraizada na Ilha. O lendário secretário de Estado americano Henry Kissinger, em visita meteórica à Capital, em novembro de 1992, perguntou, entre duas lombadas: “É área militar restrita?

Ações dos governos para o Sul da Ilha são assim: demoram décadas, séculos. Padecem da síndrome da caveira de burro. By the way, como vão as obras dos acessos ao aeroporto? São para 2014 ou 2024?

Lages e Floripa

Investimento de R$ 80 milhões e 300 empregos diretos transformam a bucólica Lages num polo aeronáutico, com o braço técnico da Novaer Craft fincado na Ilha, onde se instala um centro de engenharia para inovação industrial, interação com a universidade e ensino técnico profissionalizante. O presidente da empresa, Graciliano Campos, confirma a produção do T-Xc, treinador de dois lugares que poderá ser empregado na formação de pilotos militares. Primeiros exemplares saem da planta lageana no final deste ano, com a produção em série prevista para 2014. Custo de cada avião: R$ 700 mil. 200 já foram encomendados por empresas americanas e a FAB cogita substituir pelo novo avião o velho T-25 da Neiva em sua Academia de Pirassununga.

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