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Afinal, controla ou libera?

(Por Cesar Valente De olho na Capital, 28/03/2013)

Florianópolis está para ganhar um montão de pardais (câmeras de controle de velocidade nas vias urbanas). Mais ou menos nos mesmos lugares onde um dia já funcionaram. Há algum tempo deu um problema jurídico, tiveram que tirar e agora estão voltando, com câmeras mais modernas e o mesmo apetite de sempre. Já estão quase todos instalados, só falta ativar.

E aí, claro, ressurge uma velha discussão sobre a tal “indústria da multa”. Com gente brandindo argumentos de todo tipo, inclusive um, que eu acho meio torto, de que só deveria ter “radar” onde costumeiramente tem acidente.

Usam esse raciocínio dos acidentes pra reclamar dos “radares” na beira mar e acabam justificando, por exemplo, aquela campana quase diária dos policiais rodoviários na “curva da morte” da SC 401, que pelo jeito não será reformada nunca.

Vários dos debatedores públicos desse assunto dão a impressão que serão injustamente multados todas as vezes que passarem pelos pardais (mesmo na velocidade permitida). E debatem-se contra o fato das multas serem aplicadas por uma empresa terceirizada, “apenas pra encher os bolsos da prefeitura”.

EXCESSO DE AGRESSIVIDADE

Pra começo de conversa, é preciso estabelecer alguns limites não só para a velocidade com que se anda nas vias urbanas, mas também para a forma como os motoristas se comportam.

Claro que, num mundo ideal, o controle de velocidade seria precedido e acompanhado de uma série de estudos e providências. Instalar um “radar” não deveria ser uma coisa isolada e a prática mostra que isso não resolve muita coisa e ainda, em muitos casos, acaba fazendo com que a opinião pública fique contra. O que parece ser o caso de Florianópolis.

Portanto, nada será feito para tentar conscientizar os motoristas da capital quanto à forma agressiva com que conduzem, nada será feito para impedir que “colem” na traseira dos veículos, que “costurem”, que dirijam alcoolizados ou drogados, que respeitem voluntariamente os limites de velocidade.

Assim como os limites de velocidade são definidos, em muitos casos, sem qualquer estudo mais sério. E a sinalização é colocada também sem qualquer critério, gerando confusão e insegurança. Nesse vácuo de atitudes sensatas e nesse vazio de planejamento florescem os pardais, como uma forma cômoda de mostrar que há preocupação com segurança.

Se o limite de velocidade naquela via foi estabelecido com critério (e, infelizmente, nem sempre o é), a maioria poderá manter-se no limite (e fugir das multas) sem grande dificuldade. Mesmo assim, um certo percentual dos motoristas vai acabar ultrapassando o limite e sendo multado. E aí, tratará de apontar todos os defeitos, reais e imaginários, do sistema.

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1 Comentário

  1. Claudia disse:

    Os radares foram retirados por causa da descoberta de fraudes nas multas. Este dinheiro o cidadão vai reaver?

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