O contingente da Força Nacional não é suficiente para o momento que Santa Catarina vive. Essa foi a explicação da cúpula da Segurança Pública para não acionar tropas federais por enquanto. A ajuda federal foi oferecida na quarta, durante encontro entre o governador Raimundo Colombo e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Se por um lado a vinda da Força Nacional ainda é incerta, a transferência de presos para penitenciárias federais é consenso. “A retirada dos líderes das facções para locais onde seja rompida a cadeia de comunicação com o mundo externo seria a melhor alternativa”, declarou o delegado geral Aldo Pinheiro D’Ávila. Os recentes ataques teriam sido coordenados de dentro das prisões, segundo os próprios presos, por casos de agressões e torturas.
Nenhum membro da Secretaria de Justiça e Cidadania, que administra o sistema penitenciário, participou da reunião de quinta-feira no gabinete de crise. Segundo Grubba, relatório com nomes, locais e hierarquia dos membros das facções foi encaminhado à Secretaria de Justiça. O balanço poderá servir como base para escolha dos presos que deixarão o Estado. “Quando vai acontecer, ou não, é uma questão de conveniência e determinação da Secretaria de Justiça”, esclareceu.
Desde o início da nova onda de atentados, transferências de presos foram feitas entre prisões estaduais. Mas no entendimento das polícias, a facilidade de comunicação não impede que presos das 49 unidades do Estado se comuniquem. “Eles não são tão organizados assim. De um dia para o outro combinam ações difíceis de se prever”, afirmou o delegado geral Aldo D’Ávila. Nomes e quantidades de presos não foram revelados, mas Grubba informou que as vagas disponíveis no Regime Disciplinar Diferenciado das prisões federais são suficientes para abrigar lideranças criminosas.
(Por Gabriel Rocha ND, 08/02/2013)
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