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Combate ao crime: novos passos da ofensiva

Mais transferências, operações em presídios e tentativa de atingir o núcleo financeiro da facção criminosa estão previstas para os próximos dias

O fim de semana que começou com a transferência de 40 presos para outros Estados, passou pela prisão de 25 acusados de envolvimento nos atentados e terminou com o bloqueio de todos os acessos territoriais de Santa Catarina por terra, mar e ar, ainda vai longe.

Dentro do plano de segurança, que pretende enfraquecer o crime organizado, responsável pela onda de ataques que aterroriza Santa Catarina há quase 20 dias, estão mais prisões, novas transferências de presos e até a implantação de um laboratório para detectar a lavagem de dinheiro.

O enfrentamento ao crime começou com força na madrugada de sábado. Um forte aparato policial cruzou a Ilha até a Base Aérea da Capital para escoltar os criminosos transferidos a outros Estados. Os presos foram divididos em dois grupos.

O maior deles, com 37 detentos, está agora na Penitenciária Federal de Mossosó (RN). Os outros três foram encaminhados para Porto Velho (RO). Eles estavam em São Pedro de Alcântara, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Chapecó e Joinville.

Reforço na segurança das unidades prisionais

Antes do amanhecer, enquanto a remoção era providenciada, um grupo de policiais civis iniciava uma megaoperação que duraria todo o sábado e terminaria com a prisão de 25 pessoas, todas suspeitas de terem ligação com os atentados e com o crime organizado – entre eles estão quatro advogados acusados de serem mensageiros entre os internos e integrantes da facção criminosa que estavam em liberdade (leia mais na página 6). O mesmo foi feito em outras cidades do interior. Pelo menos outras 27 prisões estão planejadas para os próximos dias.

– A operação permanece, é constante e não tem prazo para acabar. Tudo isso está só começando – disse o titular da Delegacia de Investigação Criminal (Deic), Akira Sato.

Ao longo do fim de semana, agentes da Força Nacional também reforçaram a segurança nas penitenciárias do Estado para estancar qualquer tipo de reações e rebeliões que pudessem acontecer em resposta ao que vinha ocorrendo do lado de fora das grades.

E como se não bastasse, as polícias rodoviárias Federal e estadual também se uniram para desencadear uma operação conjunta. Batizada de Divisa, ela fechou o cerco do Estado por terra, mar e ar.

(Por Sâmia Frantz DC, 18/02/2013)

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