Parte do mar do Sul da Ilha está contaminado com produto que pode ser cancerígeno ao homem
Águas de parte do Ribeirão da Ilha e Tapera, na Capital, podem estar contaminadas com ascarel, produto cancerígeno, por causa do vazamento do óleo de transformadores do antigo Centro de Treinamento da Celesc.
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) proibiu provisoriamente a extração de qualquer molusco e peixes em uma área de 730 hectares na região, considerada a principal produtora de ostras de SC, líder no cultivo entre os estados do país.
O resultado do laudo solicitado pela Fatma, que aponta a presença do produto no canal de drenagem em direção ao mar, foi divulgado pela prefeitura. Foram embargadas 28 fazendas de ostras, que representam 30% do cultivo no Ribeirão da Ilha. A área embargada fica entre a Praia da Mutuca e a Freguesia do Ribeirão.
A contaminação teria ocorrido em 16 de novembro, mas a denúncia só chegou ao órgão em 20 de dezembro. De acordo com o presidente da Fatma, Murilo Flores, a proibição da extração de moluscos e peixes só veio agora porque os técnicos do órgão não tinham noção de que poderia ter o produto químico no óleo que vazou.
Apreensivos com a situação, os maricultores do Ribeirão da Ilha foram à Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, na tarde de ontem.
– Caso seja comprovada contaminação, os moluscos dessas fazendas serão exterminados e os produtores indenizados – diz o secretário executivo do Comitê Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos, Roni Tadeu Barbosa.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Aquicultura, Antônio Mello, os produtores estão preocupados com os prejuízos.
(DC, 15/01/2013)
Justiça vai decidir responsabilidade
Quem será responsabilizado pelo prejuízo à saúde e meio ambiente ainda não está foi definido. Os transformadores, de onde vazaram o óleo, estão localizados na área em processo de permuta, passando da Celesc para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O presidente da Fatma, Murilo Flores, informou ter notificado as duas entidades, mas acredita que a decisão final cairá nas mãos da Justiça.
O presidente da Fatma disse que os transformadores pertenciam à Celesc, mas que o terreno está sob o domínio da UFSC. O procurador da universidade, Cesar Azambuja, afirmou que a UFSC não recebeu o imóvel que seria acrescentado à Fazenda da Ressacada – estação experimental do Centro de Ciências Agrárias – porque a área estaria alienada por causa de dívidas da estatal.
– Não houve a efetivação. A propriedade continua com a Celesc, tanto que conta com vigilância contratada pela estatal no local – observou.
Em nota, a Celesc informou que em 27 de dezembro foram removidos completamente o volume de óleo do canal e que as amostras responsáveis pelo embargo da Fatma foram coletadas em 20 de dezembro, antes do início das ações emergenciais adotadas pela empresa de geração e distribuição de energia elétrica.
(DC, 15/01/2013)
“Pode haver riscos, mas é tardiamente”
Jorge Freitas, Especialista em educação ambiental e biólogo da Coordenadoria de Gestão Ambiental da Pró-Reitoria de Planejamento da UFSC
O biólogo da UFSC disse, por telefone, ao DC, que o ascarel, apresenta sintomas cumultativos prejudiciais à saúde.
Diário Catarinense – Quais os riscos que o ascarel pode causar à saúde?
Jorge Freitas– O ascarel é tóxico, por isso foi proibido em 1981. Nele há uma substância cancerígena que também pode causar tumores irreversíveis a longo prazo. Tudo isso depende da região do corpo que teve acesso ao produto e da forma como esse acesso ocorreu: se foi manuseado, aspirado ou ingerido.
DC – E quem teve acesso à água do mar ou ingeriu frutos do mar neste últimos dois meses deve ficar preocupado?
Freitas – Dificilmente haverá grandes problemas. As baías Sul e Norte têm um poder de purificação muito grande, justamente pelas marés baixas e altas. Esse vai-e-vem do mar é capaz de diluir qualquer tipo de material que entra nele. A gente come coisas muito mais contaminadas do que isso. Se realmente fez mal, a pessoa deve ter sentido pequenos sintomas imediatos de intoxicação, como em qualquer outro veneno.
DC – E o contato constante?
Freitas – Se foi constante mesmo, aí pode haver risco de problema sim. Mas qualquer que for a doença, ela vai ocorrer muito tardiamente. Muitas vezes, as pessoas nem a associam àquele evento. É mais ou menos o que ocorre com os fumantes, que estão sendo contaminados sistematicamente durante um longo período da vida e só percebem mais adiante.
(DC, 15/01/2013)
Prefeitura de Florianópolis embarga área de vazamento de óleo no Sul da Ilha
A região entre a praia da Mutuca até a Freguesia do Riberão da Ilha, onde vazou óleo da estação da Celesc, acaba de ser embargada
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) embargou temporariamente qualquer atividade no mar na região que compreende a Praia da Mutuca, no Bairro Tapera, até a Freguesia do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis.
A medida acontece em razão do derramamento de óleo isolante de equipamento de energia elétrica da Celesc, que foi descoberto no dia 19 de dezembro de 2012. Segundo a Fatma, há a possibilidade de contaminação da fauna, flora e riscos à saúde pública.
De acordo com análises químicas prévias, o óleo contém concentrações significativas de substâncias denominadas “Bifenilas Policloradas”, que podem trazer sérios problemas ao meio ambiente e à saúde, dependendo do grau de exposição e concentração.
Uma análise ambiental está sendo feita no local e, até que o resultado saia, o embargo está mantido.
(ND, 15/01/2013)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. O cookie é usado para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Analíticos". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 meses | Este cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent. Os cookies são usados para armazenar o consentimento do usuário para os cookies na categoria "Necessários". |
viewed_cookie_policy | 11 meses | O cookie é definido pelo plugin GDPR Cookie Consent e é usado para armazenar se o usuário consentiu ou não com o uso de cookies. Ele não armazena nenhum dado pessoal. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
collect | sessão | Usado para enviar dados ao Google Analytics sobre o dispositivo e o comportamento do visitante. Rastreia o visitante através de dispositivos e canais de marketing. |
CONSENT | 2 anos | O YouTube define este cookie através dos vídeos incorporados do YouTube e regista dados estatísticos anônimos. |
iutk | 5 meses 27 dias | Este cookie é utilizado pelo sistema analítico Issuu. Os cookies são utilizados para recolher informações relativas à atividade dos visitantes sobre os produtos Issuuu. |
_ga | 2 anos | Este cookie do Google Analytics registra uma identificação única que é usada para gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
_gat | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para limitar a taxa de solicitação. |
_gid | 1 dia | Usado pelo Google Analytics para distinguir usuários e gerar dados estatísticos sobre como o visitante usa o site. |
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
IDE | 1 ano 24 dias | Os cookies IDE Google DoubleClick são usados para armazenar informações sobre como o usuário utiliza o site para apresentá-los com anúncios relevantes e de acordo com o perfil do usuário. |
mc .quantserve.com | 1 ano 1 mês | Quantserve define o cookie mc para rastrear anonimamente o comportamento do usuário no site. |
test_cookie | 15 minutos | O test_cookie é definido pelo doubleclick.net e é usado para determinar se o navegador do usuário suporta cookies. |
VISITOR_INFO1_LIVE | 5 meses 27 dias | Um cookie colocado pelo YouTube para medir a largura de banda que determina se o usuário obtém a nova ou a antiga interface do player. |
YSC | sessão | O cookie YSC é colocado pelo Youtube e é utilizado para acompanhar as visualizações dos vídeos incorporados nas páginas do Youtube. |
yt-remote-connected-devices | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt-remote-device-id | permanente | O YouTube define este cookie para armazenar as preferências de vídeo do usuário usando o vídeo do YouTube incorporado. |
yt.innertube::nextId | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |
yt.innertube::requests | permanente | Este cookie, definido pelo YouTube, registra uma identificação única para armazenar dados sobre os vídeos do YouTube que o usuário viu. |