A produção de resíduos sólidos em Florianópolis atingiu 174,7 mil toneladas em 2012, aumento de 6,4% em relação ao ano anterior. Nesse total, a Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), operadora do sistema público de coleta de resíduos sólidos em Florianópolis, recolheu 11,4 mil toneladas de materiais recicláveis.
“É pouco mais de um quarto da meta para 2015, teremos de trabalhar muito _ e bem _ para dar conta de atender a Lei 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, dá a medida o presidente da Comcap, Ronaldo Freire.
O Plano Municipal de Saneamento, que está para aprovação na Câmara de Vereadores, estabelece que, em 2015, o sistema público de coleta seletiva consiga desviar do aterro sanitário 20% da produção de resíduos. Pelos números da Comcap em 2012, foram desviados 6,51%. Esses dados não levam em conta a reciclagem patrocinada por empresas particulares e informais. Ainda assim, como o indicativo do Ministério do Meio Ambiente é elevar a meta de desvio dos aterros para 30% em 2015, não há tempo a perder, aponta Freire.
A curva da coleta seletiva
A produção da coleta seletiva em Florianópolis em 2012, de 11,4 mil toneladas, representa um aumento de 15,7% em relação a 2011. A Capital conta com sistema de recolhimento de materiais recicláveis de porta em porta há 20 anos. Mas, em 2009, deu um grande salto. Naquele ano, com a implantação da coleta seletiva diária no Centro da cidade, a coleta de materiais recicláveis aumentou 165%. De lá pra cá, o crescimento anual se manteve alto, de 43% (em 2010) e de 30% (em 2011).
Custo do lixo
O destino final de cada tonelada de lixo custa R$ 108 ao município de Florianópolis. De modo que, com a coleta seletiva e o desvio desses materiais do aterro sanitário de Forquilhinhas, em Biguaçu, a Prefeitura Municipal de Florianópolis deixou de gastar R$ 1,2 milhão com transporte e aterramento. Isso sem contar os ganhos ambientais e sociais da reciclagem que hoje providencia renda para até 200 famílias na Grande Florianópolis.
“As mil toneladas de materiais recicláveis que a Comcap coletava por ano há menos de uma década, hoje são coletadas em um mês. Em 2009, fizemos essa virada e agora temos metas bem mais ousadas”, compara Ronaldo Freire, que já havia conduzido a Comcap entre 2009 e 2010.
Pico de produção
Freire reassumiu a Comcap agora em janeiro e segue atualizando o quadro gerencial. “Nesse primeiro estágio, vamos focar a questão operacional, as pessoas estão sendo escolhidas e serão cobradas.” As primeiras medidas têm o objetivo principal reduzir custos operacionais sem comprometer a qualidade dos serviços, especialmente no Verão, quando é oferecida coleta diária de lixo nos principais balneários da Capital.
O pico de produção de lixo se deu no dia 2 de dezembro, quando foram recolhidas mais de mil toneladas num único dia. De modo geral, aponta Freire, em termos de produção de resíduos o Verão tem repetido o resultado do ano passado.
Produção Comcap 2012
Total de resíduos sólidos recolhidos
174,7 mil toneladas de resíduos sólidos
+ 6,4% em relação a 2011
Coleta seletiva (materiais desviados do aterro sanitário)
11,4 mil toneladas
+ 15,7% em relação a 2011
= 6,51% da produção total (em 2011 a coleta seletiva da Comcap representava 5,99%, então o aumento em relação ao total coletado foi de 9%).
Crescimento coleta seletiva
2012 11,4 mil toneladas + 15,7%
2011 9,8 mil toneladas + 30%
2010 7,5 mil toneladas + 43%
2009 5,3 mil toneladas + 165%
2008 2 mil toneladas (ano base).
Média de produção Comcap 2012
Total de resíduos sólidos
14,5 mil toneladas/mês (variação de 12,5 mil toneladas em setembro a 18,7 mil toneladas em janeiro)
Coleta convencional
490 toneladas/dia
12,9 mil toneladas/mês
Coleta seletiva
948 toneladas/mês
(PMF, 09/01/2013)
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