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Ostras somem do Mercado Público

Mesmo sem restrições de cultivo, venda ou consumo das ostras e mariscos produzidos fora da área embargada pela Fatma (Fundação do Meio Am­biente), entre o Ribeirão da Ilha e a Tapera, os moluscos desapa­receram dos balcões das peixa­rias do Mercado Público de Flo­rianópolis. A queda na procura aconteceu depois que a notícia sobre o vazamento de 12 mil litros de óleo, que pode conter uma substância tóxica conheci­da como ascarel, se espalhou.

“Ninguém mais quis ostra depois desse acontecimento. Tinha clientes que compravam todo dia e que não apareceram mais”, revelou o dono de uma das peixarias que mais vendia o produto, Jucélio José Silveira, o Xexéu. As ostras que ele ven­dia eram do Ribeirão da Ilha, considerado o melhor produtor do molusco na Ilha.

Mesmo com a possibilidade de comprar de outro fornece­dor, Xexéu prefere não arris­car. “Só vou vender depois que eles apresentarem o resultado do laudo. Agora não adianta, não tem cliente”, frisou.

A média diária de ostras vendidas em seu balcão era de até 200 dúzias, no valor de R$ 6. “Vou ter prejuízo. Está ruim pra nós, mas pior para quem fornece”, apontou.

Em outra banca ainda é pos­sível encontrar mariscos e ber­bigões. “São de Governador Cel­so Ramos, de bem longe da área afetada”, adiantou Nelson San­tos, dono da peixaria. Ostras, segundo ele, não serão compra­das de nenhum lugar. “Ninguém tem como saber, só vamos pegar depois que liberarem o resulta­do do laudo”, frisou.

Mas nem todos os consumi­dores rejeitariam os moluscos se estivessem à venda. “Gosto muito de ostras, de qualquer jeito. Se tivesse aqui, eu até levaria”, disse Heracleo Me­negazzi, morador de Tangará (Oeste do Estado) que parti­cipou de uma conferência na Capital, e antes de voltar para casa passou pelo Mercado para comprar peixes.

Vigilância garante procedência

O monitoramento é feito por fiscais da Vigilância Sanitária Municipal, que prestam orientação aos maricultores e conferem a procedência dos alimentos nos restaurantes. Até agora, segundo o diretor da Vigilância em Saúde do município, Leandro Pereira Garcia, nenhuma irregularidade foi constatada. “Estamos trabalhando na base da cooperação e tanto extratores quanto maricultores têm colaborado. Nosso foco é proteger o ambiente e as pessoas”, afirmou.

A fiscalização, segundo Garcia, acontece em toda a Capital, e por isso os consumidores não precisam se preocupar ou evitar os moluscos. “Todos os produtos que estão sendo comercializados têm nota fiscal e procedência. É isso que comprova que eles não foram cultivados naquela área”, garantiu.

Neste fim de semana, placas indicativas serão fixadas nos pontos principais da região afetada. Elas vão alertar a população sobre o embargo que proíbe cultivo, extração e comercialização de mariscos e moluscos, e qualquer contato com a água do mar, fauna e flora.

(ND, 20/01/2013)

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