O menor volume de investimento para a restauração da Ponte Hercílio Luz ocorreu neste ano. Em 2013, o cartão-postal catarinense terá R$ 150 milhões e a finalização das obras está prevista para 2014.
A recuperação da Ponte Hercílio Luz recebeu em 2012 o menor investimento anual desde o começo da restauração do vão central em 2009. Foram apenas R$ 5 milhões no ano que se encerra. Em contraste, as previsões são otimistas para 2013, com a expectativa da assinatura do contrato de financiamento com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) ainda este mês, que deve destinar R$ 150 milhões ao cartão-postal.
Atualmente, quem passa pelos arredores da ponte não percebe nenhuma movimentação de funcionários. No canteiro de obras, onde estão os pilares que farão o reforço dos quatro conjuntos de estacas fincados no mar, há apenas três trabalhadores.
Nesta semana, durante o acompanhamento anual das obras de restauração pela Comissão de Transporte e Mobilidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), o Consórcio Monumento informou que as ferragens para a sustentação da ponte provisória – que dará suporte à Hercílio Luz – estão sendo fabricadas em Ribeirão Preto (SP) e devem chegar em janeiro.
A falta de verba, que persegue a ponte desde sua inauguração, em 1926, pois foi quitada somente em 1978 quatro anos antes de sua interdição, em 1982, continua a ser um limitador. A prova disso são as constantes reduções no valor das liberações, que acumularam pouco mais de R$ 5 milhões em 2012, enquanto ultrapassaram R$ 17 milhões em 2010 – no governo anterior.
Folêgo novo com mais verbas em 2013
Segundo o Consórcio Monumento e o Deinfra, com dinheiro no começo de 2013, é possível dar fôlego a obra.
– Obviamente se tivéssemos recursos, estaríamos mais adiantados. Mas com o reforço financeiro do contrato que devemos assinar até o fim do ano com o BNDES, conseguiremos manter o cronograma e finalizar a restauração em 2014 – afirma o presidente do Deinfra, Paulo Meller.
Sem dinheiro para aplicar na Ponte Hercílio Luz, o governo apostou este ano em duas frentes para conseguir viabilizar a obra. Além do financiamento do BNDES, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) recebeu autorização do Ministério da Cultura (Minc) para captar R$ 64 milhões para a primeira fase de recuperação do vão central, a chamada etapa ponte segura. Até agora foram captados com empresas e pessoas físicas cerca de R$ 500 mil, sendo R$ 50 mil patrocinados pelo Grupo RBS, que assinou termo de compromisso para aplicar mais R$ 450 mil.
O Deinfra estima que após restaurada, a Hercílio Luz terá capacidade para receber 22 mil veículos por dia, o que corresponde a 13% do tráfego nas outras pontes.
(DC, 14/12/2012)
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