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08/11/2012

O legado do Social Good para SC

Personalidades falam sobre a importância do evento que fomentou, na Capital, o uso da tecnologia para a transformação

Guilherme Zigelli, Diretor superintendente do Sebrae/SC

“Consideramos esse evento internacional, inédito no Brasil, um marco. Além da oportunidade de termos participado de uma grande conversa sobre como podemos utilizar as tecnologias, novas mídias e o pensamento inovador para a transformação social, com grandes nomes internacionais, ele nos deixou a semente dos negócios sociais”

Lúcia Dellagnelo, Presidente do Conselho do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom)

“O movimento Social Good criou um programa para criar uma plataforma que dê visibilidade ao trabalho dos empreendedores da cultura digital. Estes empreendedores que desenvolveram ferramentas para que qualquer cidadão se envolva, mobilize e doe recursos, e preste serviços para causas e organizações sociais”

Guilherme Bernard, Presidente da Acate

“Com a maturidade da internet como meio de geração de negócios, temos percebido uma série de iniciativas sendo criadas para também usarem a rede como canal de promoção e mobilização de causas sociais. O perfil do empreendedor digital, jovem, antenado e muito mais sensibilizado com causas sociais, tem propiciado o surgimento de negócios que usem aspectos sociais como premissas do negócio”

Regina Célia Esteves de Siqueira, Superintendente do Centro Ruth Cardoso

“Este ano, o Festival de Ideias uniu forças como a Social Good, e tornou-se tema para mais ideias inspiradoras no âmbito do voluntariado. Ao chegar a Florianópolis para mais uma rodada de cocriação, o festival vem corroborar alguns dos nossos propósitos: estimular interação e colaboração, reunir pessoas interessadas em contribuir com a sociedade e incentivar o empreendedorismo em rede”

Fernanda Bornhausen Sá, Presidente voluntária do Instituto Voluntários em Ação

“Cito duas questões que considero importantes na contribuição dada pelo Social Good para o Estado: primeiro, podemos dizer que estamos hoje fazendo parte da grande conversa global em torno deste tema e, depois, o evento demonstrou, para todos que conheceram esta proposta, o quanto ela é gratificante. Acredito no aumento da adesão das pessoas a esse movimento”

(DC, 08/11/2012)

Mídias sociais são apenas as ferramentas de transformação social

Beth Kanter, especialista no uso de mídias sociais por ONGs, encerrou os debates desta quarta-feira no Social Good Brasil, em Florianópolis, afirmando que as redes sociais são apenas as ferramentas para a transformação social. O maior bem são as pessoas, ideias e o desejo de mudar.

Em uma palestra animada no fim da tarde, Beth interagiu com o público ao propor rápidos exercícios para organizar ideias, pensar em inovação e pensar no uso das mídias sociais. E ainda fez todos levantarem, conversarem e, no fim, alguns minutos de silêncio para colocar tudo em ordem.

O objetivo era reduzir a ansiedade que as mídias sociais trazem para muitas ONGs. Afinal, já há bastante trabalho a fazer no mundo off line. Jogar-se neste mar de tuites, posts, retuites, likes, shares, uploads e downloads, planejar conteúdo e monitorar tudo não é trabalho fácil. A reação mais comum é: não temos tempo para fazer, não temos dinheiro para contratar gente para fazer, é muita coisa, não conseguimos dar conta. O recado final de Beth foi: as ferramentas devem ser usadas a nosso favor e não nos transformar em escravos da informação.

Para mostrar como usar as mídias sociais e não ser usado por elas, Beth apresentou várias dicas e métodos. A americana tem mais de 30 anos de experiência no setor, mantém um dos blogs mais populares sobre o assunto, é co-autora do livro “Mídias Sociais Transformadoras” e autora de “Measuring the networked nonprofit”, recém-lançado e ainda sem tradução em português.

Beth dividiu em quatro passos as etapas para uma ONG estar presente nas redes sociais: engatinhar, caminhar, correr e voar. Na primeira, é a fase em que não há vida digital. Nesta etapa, a organização precisa criar a cultura entre os membros. Na segunda parte, caminhar, há presença digital e os primeiros testes do que funciona ou não na rede. Na etapa correr, a ONG já está compartilhando e conversando com todos. Ao voar, ela passa a aprimorar sua atuação digital.

Tudo feito sem atropelos e sem estresse, com direito a cinco minutos de silêncio no início do dia e outros cinco no fim da tarde.

(ClicRBS, 08/11/2012)

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